27/01/2024 - 8:55
O envelopamento pode dar mais personalidade ao carro ou mesmo preservar o acabamento original. Mas como está esse mercado? Quais são as tendências? Quanto sai instalar e o que é preciso fazer? Para isso, a MOTOR SHOW conversou com Fellipe Moretti, coordenador de produtos graphics (América Latina) da Avery Dennison, companhia de tecnologias adesivas, displays gráficos e materiais de embalagem.
Tendências
Segundo Moretti, tanto os filmes transparentes de proteção de pintura, quanto os que trazem cores foscas, acetinadas e de efeitos especiais, estão entre as tendências para esse ano.
“As opções são ideais para aqueles que desejam personalizar seu veículo ou garantir um valor justo ao automóvel no ato de revenda, com a pintura totalmente preservada.”
Materiais
Sobre os filmes que ajudam a proteger a pintura, sem alterar a cor original do veículo, o especialista da Avery Dennison explica que as películas PPF, ou Paint Protection Film, vão além das questões estéticas e destacam-se entre as melhores opções. Elas são feitas de poliuretano transparente, apresentam alto brilho e alta resistência.
“O objetivo do PPF é a proteção de pintura. É um filme transparente, que protege até dez anos contra choque de pedra, fezes de pássaro, amarelamento e riscos.”
Existe também a opção em PVC, mais comum, no entanto, concede menos proteção.
Preço e tempo para envelopar
Os profissionais que contam com o certificado da Avery estimam uma semana para a entrega do serviço.
“Eles verificam se houve encolhimento, se precisa fazer algum ajuste. Isso vai depender do carro também. Uma Ram vai demorar umas duas semanas.”
Moretti afirma que há as cores que mais vendem, mas também é possível o cliente final sugerir uma para a produção, com várias opções de acabamento (metálico, matte, satin e efeito camaleão, para citar).
O preço para um envelopamento premium sai, em média, R$ 10 mil (PVC). Um com PPF, R$ 20 mil. Há casos em que são utilizados os dois materiais.
“Você pintar um carro hoje é muito mais caro do que fazer a troca de cor (por envelopamento).”
O que diz a lei?
O artigo 14° da Resolução 292 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que fala sobre modificações no veículo, prevê que “serão consideradas alterações de cor aquelas realizadas através de pintura ou adesivamento em área superior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas”.
Desta maneira, os carros que passaram a ter mais da metade da cor adulterada necessitam ir ao Detran atualizar as informações de cadastro.
Atualmente, em São Paulo, a taxa de emissão de um novo CRV (Certificado de Registro do Veículo) custa R$ 432,49, caso o licenciamento do ano em curso não tenha sido realizado; e R$ 272,27, se foi realizado.
Não informar o Detran sobre as alterações é considerada infração grave, e o motorista está sujeito a multa de R$ 195,23, cinco pontos na certeira e retenção do veículo para regularização.