A BMW Motorrad projeta um crescimento entre 4% e 8% em vendas no mercado brasileiro em 2024 em comparação ao ano anterior. A informação foi divulgada pelo CEO da divisão de motos da montadora no Brasil, Julian Mallea, durante um encontro com jornalistas.

Para se ter uma ideia, em 2023 a marca emplacou 14.106 motocicletas no ano – alta de 8% ante 2022. Foi a primeira vez que a BMW Motorrad atingiu a marca acima de 14 mil unidades. Com isso, o país se consolidou entre os seis principais mercados do mundo para a marca.

“O Brasil está tomando uma relevância estratégica muito importante para o grupo. Não é por acaso que temos produtos bons e uma planta.” 

Julian Mallea, CEO da BMW Motorrad Brasil – Crédito: Mauro Balhessa/IstoÉ

Por aqui, o desempenho foi impulsionado pela BMW R 1250 GS, com 5.527 unidades vendidas no ano passado (3.099 da versão R 1250 GS Adventure e 2.428 da versão R 1250 GS), consolidando o modelo como líder novamente do segmento de big trails no país.

A S 1000 RR, também foi líder isolada e detém mais de 50% do segmento de superesportivas no mercado nacional. Ela recebeu uma atualização, o que colaborou para emplacar 1.083 unidades no ano passado.

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Investimentos e planta maior

Como parte do investimento de R$ 50 milhões, anunciado em 2022, a divisão de motos da BMW ampliou a capacidade produtiva de sua fábrica de Manaus (AM), que agora é de 17 mil unidades ao ano. Até 2025, a produção de motos vai aumentar para 19 mil unidades por ano. Hoje, a planta corresponde a 99% da produção em volume de vendas da BMW Motorrad no Brasil.

Lançamentos

O próximo lançamento será a R 1300 GS, o quarto modelo dos sete prometidos até 2025, todos produzidos na planta Manaus.

Motos elétricas

A BMW já comercializa motocicletas a bateria na Europa, caso das CE 02 e CE 04. No entanto, elas parecem longe do Brasil. Questionado sobre o tema, Julian afirma que o mercado do velho continente é diferente do brasileiro e que para virem necessitaria de benefícios e produção local. A infraestrutura, por sua vez, ainda caminha.

“A infraestrutura está um pouco melhor porque os carros estão desenvolvendo. Mas (a moto elétrica) nunca teve benefício fiscal como os carros. Então, a única maneira de colocar a moto (elétrica no mercado nacional) com preço agressivo é produzir. Para fabricar começam os números finos, para ver se fecha, quanto, que volume.”