29/06/2024 - 6:50
Em julho, o imposto de importação para carros eletrificados no Brasil vai subir novamente. No entanto, as montadoras cobram imediatamente do governo federal impostos maiores, o que vai prejudicar principalmente as chinesas que desembarcaram nesse mercado recentemente, caso da BYD e GWM, para citar.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apresentou ao governo um pedido formal para elevar a alíquota de importação de veículos imediatamente, incluindo os elétricos, para 35%. E, desta maneira, visar uma proteção comercial. Essa alíquota estava planejada inicialmente para entrar em vigor em julho de 2026.
O pedido já havia sido apresentado na semana passada ao governo e ao Ministério da Fazenda e foi detalhado, nesta quarta-feira, 26, ao vice-presidente e ministro do (MDIC) Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Bens e Serviços, Geraldo Alckmin, e sua equipe técnica, segundo a Anfavea.
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Veja abaixo como está o planejamento do aumento do imposto de importação:
Híbridos: A alíquota do imposto iniciou com 15% em janeiro de 2024, passará para 25% em julho, chega a 30% em julho de 2025 e vai alcançar os 35% em julho de 2026.
Híbridos plug-in: A alíquota está em 12% desde janeiro de 2024, irá para 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025 e 35% em julho de 2026.
Elétricos: A alíquota está em 10% (janeiro de 2024). A sequência é de 18% (julho de 2024), 25% (julho de 2025) e 35% (julho de 2026). No que tange “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, a taxação começou em 20% em janeiro e chegará aos 35% em julho de 2024.
MDIC
O MDIC confirmou, por meio de sua assessora de imprensa, ter recebido o pedido da Anfavea. A pasta também informou ter recebido uma solicitação contrária por parte dos importadores para que não haja mudanças, e disse que dará início a uma análise técnica “sem que haja pré-julgamentos”.
Anfavea
“O mercado nacional está sendo abastecido por importados e a produção anda de lado”, disse a fonte da Anfavea à Reuters. “O volume de veículos importados está muito acima do que era uma expectativa e afeta diretamente empregos no Brasil, uma vez que não são vendas adicionais, mas substitutivas”.
BYD
O diretor de marketing da BYD no Brasil, Pablo Toledo, disse à Reuters que a demanda das montadoras “tradicionais” mostra que os elétricos estão incomodando o mercado.
“Está muito claro como a BYD está incomodando; amanhã completa um ano do nosso carro 100% elétrico abaixo de 150 mil reais”, afirmou. “O jogo é pesado, mas pergunte ao consumidor o que ele acharia se houvesse um aumento de 35% no valor do veículo?.”
Abeifa
Na quarta-feira, 26, a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) emitiu uma nota e solicitou previsibilidade ao governo e respeito. Veja abaixo na íntegra: