30/01/2025 - 21:50
A General Motors está traçando um futuro tecnológico focado em sua tecnologia de assistência ao motorista Super Cruise, semelhante ao Autopilot da Tesla, com a expectativa de gerar bilhões de dólares em receita.
O impulso da GM para o sistema de direção que não precisa das mãos do motorista sobre o volante, o Super Cruise, ocorre no momento em que a montadora desistiu de continuar investindo na frota de táxis-robôs da Cruise, empresa em que a montadora injetou vários bilhões de dólares.
A GM prevê que o Super Cruise trará cerca de 2 bilhões de dólares em receita anual total dentro de cinco anos à companhia.
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A receita do Super Cruise “é uma margem muito maior do que a da fabricação de veículos” e abrirá caminho para a aceitação do consumidor de carros totalmente autônomos, disse o analista da Morningstar, David Whiston.
O Super Cruise é conceitualmente semelhante ao Autopilot da Tesla, pois ambos oferecem tecnologia de direção parcialmente automatizada.
A diferença é que o Super Cruise usa um sistema de detecção mais robusto do que o Autopilot para garantir que o motorista permaneça atento à estrada, de acordo com Sam Abuelsamid, vice-presidente de pesquisa de mercado da Telemetry Insights.
O Super Cruise está disponível em cerca de 20 modelos mais recentes de veículos elétricos e a gasolina de alto padrão, incluindo muitos Cadillacs e utilitários esportivos grandes da GM.
O sistema é padrão em alguns veículos e opcional em outros. Para os veículos opcionais, os clientes podem acessar a tecnologia por 2.200 a 2.500 dólares. O Super Cruise é gratuito por três anos e, em seguida, é oferecida aos clientes uma assinatura de 25 dólares por mês ou 250 dólares por ano.
A tecnologia de assistência ao motorista continua sendo uma área de crescimento promissora, disse a presidente-executiva da GM, Mary Barra. A montadora espera dobrar os cerca de 360 mil veículos da frota do Super Cruise em 2025.
Em 2024, cerca de 20% dos aproximadamente 18 mil usuários se inscreveram para uma assinatura do Super Cruise após o término da assinatura gratuita, disse Barra. Outros 33.000 veículos encerrarão um período de teste de três anos em 2025 e a GM tem como meta mais do que dobrar a receita de assinaturas, acrescentou Barra.
Há custos de hardware associados ao Super Cruise, incluindo câmeras, radar e o sistema de atenção do motorista.
“Entretanto, o software tende a ser muito lucrativo”, disse Jeff Windau, analista da Edward Jones. “Além disso, se for um recurso que os clientes valorizam, você poderá ver uma alta taxa de renovação (receita recorrente) e isso poderá gerar a fidelidade do cliente à marca quando ele procurar um carro novo.”