Pneus estão caros, até mesmo os chineses de segunda linha, que muitos por aí chamam de “importados”. E, como tudo que fica caro, nós tentamos fazer render mais. Só que, diferente de outros itens, pneus são questão de segurança: devem estar sempre em bom estado, com sulcos o suficiente para garantir bom comportamento do carro na chuva, por exemplo. Pneu careca não é só questão de multa e apreensão do carro para o pátio: eles podem mudar completamente a dinâmica do carro.

Mas, voltamos ao tema de início: eles estão caros. E, por isso, surgem soluções convencionais para fazer com que eles durem mais. Bom exemplo é o rodízio de pneus, aquela prática de jogar os pneus da frente (que se desgastam mais rápido pelo direcionamento das rodas e, em muitos casos, pela tração dianteira) para trás, onde eles, teoricamente, duram mais. Só que não é tão fácil assim: veja algumas dicas, tipos e cuidados na hora do rodízio de pneus.

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Foto: Divulgação

Por que fazer o rodízio de pneus?

Muitas vezes negligenciado, esse procedimento ajuda a equilibrar o desgaste entre os pneus dianteiros e traseiros, promovendo maior estabilidade, segurança e economia a longo prazo. A Bridgestone, das maiores fabricantes de pneus do mundo, por exemplo, trata o rodízio como parte da rotina de manutenção preventiva do carro, tal qual troca de óleo ou de filtros.

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De quanto em quanto tempo devo fazer o rodízio de pneus?

Normalmente, o indicado é que o rodízio de pneus seja feito a cada 10 mil km, quilometragem em que eles já tem desgaste mais nítido. Considerando que, em alguns casos, o jogo de pneus tende a durar 50 mil km, falamos de 1/5 da sua vida útil a cada rodízio. Porém, é bom ficar de olho no manual de instruções do seu veículo, pois a marca pode sugerir outro prazo, de acordo com as características e tipos de uso do modelo.

Pneu – Crédito: Freepik/@senivpetro

Tipos de rodízio de pneus

O padrão do rodízio pode variar conforme o tipo de pneu, tração do veículo e se os pneus são simétricos, assimétricos ou direcionais. Nos veículos com pneus simétricos e tração dianteira, por exemplo, recomenda-se cruzar os pneus traseiros para a frente, mantendo os dianteiros no mesmo lado ao irem para trás. Já para pneus direcionais, o rodízio deve ser feito entre os eixos, sem troca de lado. O ideal é ver o que o fabricante do veículo sugere, ou então consultar algum especialista no assunto.

Cuidados após o rodízio de pneus

Foto: Lucca Mendonça

Após o rodízio, é importante verificar o alinhamento e balanceamento das rodas. Esses procedimentos ajudam a evitar vibrações, desgaste irregular e instabilidade durante a condução. Também é um bom momento para checar a profundidade dos sulcos e o estado geral dos pneus, garantindo que estejam dentro dos parâmetros de segurança exigidos por lei. Ah, e claro, não esqueça da calibração: ela deve ser feita regularmente, aproximadamente a cada duas semanas, seguindo a pressão indicada no manual do veículo.