27/08/2025 - 15:30
Esse cara das fotos é o novo T-Roc, mas a Volkswagen já está desenvolvendo as segundas gerações de Nivus e T-Cross. O primeiro, SUV coupé derivado do Polo, nasceu em 2020, enquanto o segundo, maior e parente do Virtus, veio ao mundo em 2019. Portanto, dois modelos que já estão em vias de completar seus ciclos de vida na mesma geração. Precisam de sucessores…
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Mas, como serão essas novas gerações? De certo, os dois usarão a terceira, e mais moderna, geração da plataforma modular MQB, chamada de “Evo”. Ela já está presente nas gerações mais recentes de Golf, Tiguan e Tayron, por exemplo, e serve como base, agora, ao novíssimo T-Roc 2026.

Muito modelo, né? Calma que eu te explico. O T-Roc é vendido na Europa como uma alternativa mais descolada ao T-Cross, ficando num patamar superior de preço, tecnologias e construção, ainda que seja parecido no tamanho. Também está acima do Nivus, emplacado por lá como Taigo.

Basicamente, o T-Roc é um “mini-SUV do Golf”, explicando de forma bem sucinta. Tem suspensões independentes, eixo traseiro multilink, opção de tração integral permanente (4Motion), versões movidas pelo motor 2.0 turbo a gasolina (EA-888), e propulsão híbrida. Tudo isso numa carroceria compacta.

O que interessa desse cara, para nós é o uso da nova plataforma, linhas de design, tecnologias híbridas e alguns equipamentos inéditos que talvez possam pintar nos próximos Nivus e T-Cross nacionais, programados para os próximos anos. O carro, como um todo, não teria espaço no mercado brasileiro, ao menos por agora.
Como é o Novo T-Roc?

Com cerca de 4,37 m de comprimento por 1,83 m de largura, o T-Roc é 16 cm mais longo e 7 cm mais largo que o nosso T-Cross, embora se aproxime do SUV nacional com a ampla distância entre-eixos de 2,63 m (são 2,65 m no T-Cross). Ele, porém, tem carroceria mais baixa e fluída, dotada de curvas mais ao estilo coupé e linha de cintura mais baixa, também. Porta-malas? 475 litros, ou 100 a mais que o T-Cross.

Foi feito com base na nova identidade visual da VW mundial, com formas mais arredondadas e “alegres”, enquanto o interior volta com botões físicos (como prometeu a marca alemã) e formato geral que lembra o Tera. Apesar do porte, categoria e construção distintas, o nosso SUV pequeno e o T-Roc bebem da mesma fonte de design e estilo, digamos assim.

Sempre híbrido
Na motorização, essa nova geração do T-Roc, feita sobre a moderna plataforma MQB Evo, traz apenas opções híbridas e com turbo. Isso vale, ao menos, para a Alemanha, primeiro país onde a novidade vai ser vendida. Até o final do ano, a VW diz que ele chegará a outros mercados, com o lançamento global marcado para novembro.

Para a estreia, há duas unidades híbridas-leves de 48 V (1.5 eTSI) com potência de 116 cv e 150 cv, ambas com tração dianteira. Tal como acontece com o modelo anterior, o novo T-Roc também estará disponível mais tarde com a tração integral em combinação com o motor 2.0 TSI, que será então igualmente oferecido como híbrido leve (MHEV). Toda a linha usa um câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, e seus sistemas híbridos foram totalmente atualizados.
Bem equipado
No pacote de equipamentos, algumas surpresas para sua categoria. Dependendo da versão, há faróis inteligentes em LED com facho matricial (IQ.Light Matrix), grade e logotipos iluminados (dianteiro e traseiro), head-up display, pacote ADAS com diversas funções, tecnologia Park Assist com capacidade de estacionamento totalmente autônomo (inclusive com comando pelo celular) e programação de vagas determinadas (vai sozinho para a vaga do prédio, por exemplo), entre outras funções.
O T-Roc têm feito sucesso: segundo a VW, no ano passado, cerca de 292.000 unidades foram vendidas na Europa, todas feitas em Portugal. Mais de dois milhões de exemplares do modelo foram comercializadas desde a estreia da primeira geração, em 2017, até o momento. Isso faz do T-Roc o segundo SUV mais vendido da história da VW, ficando atrás apenas do Tiguan.