24/09/2025 - 11:07
O lançamento do Yaris Cross, previsto para outubro, foi adiado oficialmente pela Toyota. A montadora confirmou a informação, após uma tempestade destruir parcialmente sua fábrica de motores em Porto Feliz, no interior de São Paulo, na segunda-feira, 22.
Questionada pela MOTOR SHOW, a montadora afirma que “o lançamento do veículo será reprogramado”. Ainda não há uma nova previsão.
Do local sai o motor 2.0 do Corolla e Corolla Cross. O propulsor 1.5 aspirado para o Yaris Cross estaria sendo preparado na planta para que o SUV fosse montado com ele em Sorocaba (SP).
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Yaris Cross
Com o fim da venda do Yaris hatch e sedã no mercado brasileiro, o SUV será o modelo mais barato da Toyota no país. Ele é parte do investimento de R$ 11,5 bilhões anunciado em março de 2024.
De acordo com lojistas, o produto será comercializado entre R$ 130 mil e 190 mil e vai enfrentar Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, Hyundai Creta e Honda HR-V, para citar.
Mesmo adiado, a pré-venda dele ocorre normalmente nas lojas paulistanas. Os interessados devem dar um sinal de R$ 10 mil para reservá-lo.
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Como é o Yaris Cross?
Na fita métrica, ele tem 4,31 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,61 m de altura e 2,62 m de entre-eixos – um Creta é maior que ele e tem 4,33 X 1,79 m X 1,63 m X 2,61 m, para efeito de comparação. O porta-malas terá 471 litros de capacidade.
A tecnologia híbrida do SUV deverá ficar restrita para as suas versões mais caras – haverá duas versões XRE, por exemplo, uma convencional e outra eletrificada. As mais baratas vão trazer uma nova versão do 1.5 naturalmente aspirado que movia a linha dos antigos Yaris (neles, rendia até 110 cv de potência com cerca de 15 kgfm de torque), que talvez ganhe aumentos nesses números. A transmissão será automática do tipo CVT.
A configuração híbrida, por sua vez, mescla o 1.5 naturalmente aspirado de 91 cv e 12,3 kgfm, que opera junto de um motor elétrico dianteiro de outros 80 cv e 14,37 kgfm. Segundo a ficha técnica onde o carro é comercializado no mercado asiático, ele deve desenvolver 111 cv combinados.

Tempestade na fábrica da Toyota
A Toyota ainda está avaliando a destruição na fábrica de motores.
“Um relatório de danos está sendo preparado para entender a extensão dos impactos. A produção da unidade foi interrompida. Não há previsão de retomada das operações nesse momento”, afirma a Toyota em nota à imprensa na terça-feira, 23.
De acordo com a montadora, a chuva e as rajadas de vento (que chegaram a 95 km/h em Porto Feliz) provocaram “danos severos à estrutura da fábrica”. Não houve mortos, mas pelo menos 30 pessoas ficaram feridas. Os trabalhadores que sofreram algum tipo de lesão foram socorridos e passam bem.
“A empresa está acompanhando cuidadosamente a situação, oferecendo todo o suporte necessário aos colaboradores e parceiros que atuavam no local. Não há relatos de fatalidades”, completou a companhia.

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Toyota se reúne com o sindicato
A Toyota irá se reunir com os sindicatos dos metalúrgicos de Itu e de Sorocaba nesta quarta-feira, 24. O objetivo é compreender a dimensão dos impactos e encontrar alternativas para que os trabalhadores assegurem a manutenção dos postos de trabalho, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
“Sabemos que a paralisação terá reflexos sérios. O sindicato de Sorocaba se coloca ao lado da categoria e está pronto para ajudar naquilo que for necessário, buscando caminhos que garantam os empregos e a retomada da produção com segurança”, afirma o presidente dos Metalúrgicos de Sorocaba, Leandro Soares, em nota divulgada.
Imagens mostram fábrica destruída
Imagens divulgadas por trabalhadores do local exibem as instalações da fábrica destruídas, com estruturas danificadas, além do chão do local completamente alagado.
Planta da Toyota em Porto Feliz
A planta, inaugurada em 2016, foi construída com o objetivo de produzir mais de 100 mil unidades de motores por ano e contou com um investimento de R$ 580 milhões à época. Atualmente, Porto Feliz conta com aproximadamente 650 colaboradores.
