O GWM Haval H9 chegou fazendo bastante barulho no mercado. Porém, até então, o Toyota SW4 era uma das referências no segmento de SUVzões turbodiesel de sete lugares no mercado brasileiro. Apesar de caríssimo, beirando os R$ 470 mil, ele se apoia na fama de confiabilidade da Toyota, e também num acerto robusto do conjunto mecânico. Já o chinês, apesar de novato, custa R$ 150 mil a menos (R$ 320 mil) e entrega um pacote de equipamentos muito mais recheado.  

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Nessa briga de gigantes, literalmente, quem será que leva a melhor? Dividimos o combate em alguns rounds: motorização, desempenho e consumo, espaço interno e porta-malas, equipamentos e garantia. Que vença o melhor! 

Motorização

Sob o capô do Haval H9 vai um 2.4 turbodiesel de quatro cilindros, desenvolvido pela própria GWM, entregando 184 cv de potência com cerca de 49 mkgf de torque. Ele é aliado a um câmbio automático de nove velocidades, também criada pela Great Wall, que atua em conjunto com a tração 4×4 com reduzida e bloqueio de diferenciais. 

GWM Haval H9 – Foto: divulgação

No Toyota SW4, um 2.8 turbodiesel também com quatro cilindros, que gera 204 cv de potência com quase 51 mkgf de torque. Apesar de ganhar a briga com esses números maiores, o 2.8 do SW4 é atrelado a uma transmissão com seis marchas automáticas, ou três a menos que o Haval H9. Tração 4×4 com reduzida e bloqueio de diferencial também entram no pacote.  

Toyota SW4 – divulgação

Desempenho e consumo 

O que vale num SUV turbodiesel é a força, porém, nem por isso, vamos deixar de lado números de performance. O GWM é mais lento: leva longos 13 segundos na prova de 0 a 100 km/h, com máxima de 170 km/h. O SW4 cumpre o 0 a 100 km/h em cerca de 11,8 segundos, correndo até os 180 km/h, pelo que informa a Toyota. Ponto para o SW4.  

GWM Haval H9 - Foto: divulgação
GWM Haval H9 – Foto: divulgação

No consumo de diesel, quase um empate entre os dois modelos: o Haval H9 consegue médias de 9,1 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada, contra 9,3 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada do Toyota SW4. O japonês, porém, ganha no geral por conta do tanque de combustível maior (80 litros, contra 78 do chinês), o que permite maior autonomia máxima: são 840 km de estrada, versus 811 do GWM. São todos números do Inmetro. 

Toyota SW4 2025 – Crédito: Divulgação

Espaço interno e porta-malas 

No tamanho, vitória do Haval H9, que tem 15 cm a mais no comprimento (4,95 m), 13 cm extras na largura (1,98 m), 10 cm a mais na altura (1,93 m) e entre-eixos 11 cm superior (2,85 m). Consegue, assim, maiores níveis de espaço interno e porta-malas.  

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Falando nele, o espaço para bagagens do GWM garante 791 litros de porta-malas na configuração de cinco lugares ou apenas 88 litros quando montado para sete ocupantes. Mantendo só os dois bancos da frente, são quase 1.600 litros. No SW4, falamos de 500 litros para cinco pessoas, 180 litros para sete, enquanto o número com apenas dois lugares não é divulgado.  

GWM Haval H9 – Foto: divulgação

Equipamentos 

O pacote de ambos é farto. Incluem, em suas versões mais caras, sistema de som poderoso (11 alto-falantes no Toyota e 10 no GWM), tampa do porta-malas elétrica, bancos dianteiros elétricos, ar digital automático de duas zonas com controle de velocidade traseiro, bancos dianteiros com ventilação, carregador sem fio, piloto automático adaptativo (ACC), sensor crepuscular, seletor de modos de condução, retrovisor interno fotocrômico, bancos em couro, câmera 360º, paddle-shifts para trocas de marchas manuais, conjunto óptico em LED, controle eletrônico de descidas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, entre outros.  

GWM Haval H9 – Foto: GWM/divulgação

No pacote de segurança, os dois SUVzões oferecem pelo menos 6 airbags, alerta de colisão, frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa, monitores de ponto-cego, farol alto automático e alerta de tráfego cruzado traseiro. 

Toyota SW4 2025 – Crédito: Divulgação

O GWM, porém, oferece muita coisa indisponível no Toyota: rodas maiores (aro 19, contra 18 do SW4), teto-solar panorâmico, aquecimento e massagem dos bancos dianteiros, memórias de posição para o motorista, ventilação para bancos da segunda fileira, terceira zona de temperatura do ar-condicionado para bancos traseiros, tomada 220V no porta-malas, e função Stop & Go no ACC.

GWM Haval H9 – Foto: divulgação

A lista de diferenças vai além: o Haval H9 tem estribo lateral elétrico automático, alerta de saída de faixa ativo, assistente de permanência na faixa, correção autônoma de trajetória para o monitor de ponto-cego, frenagem emergencial em manobras de marcha-a-ré, iluminação ambiente em LED personalizável, painel de instrumentos digital (10,2”), multimídia maior (14,2”, contra 9” do Toyota) e aquecedor de volante.  

Toyota SW4 – Foto: Divulgação

O que só o SW4 pode oferecer: compartimento refrigerado no painel, sensor de presença para abertura da tampa do porta-malas e airbag de joelho para o motorista (7 bolsas no total), basicamente.  

Garantia 

As duas marcas, GWM e Toyota, brindam seus consumidores de SUVzões turbodiesel de sete lugares com garantia de 10 anos. No Haval H9, porém, itens como motor, transmissão, eixos, freios, caixa de direção e ar-condicionado estão inclusos na garantia de dez anos, enquanto suspensão, volante, acabamentos internos, borrachas, cintos de segurança, painel de instrumentos e central multimídia contam com cobertura de cinco anos. Para esse segundo lote de componentes, a Toyota oferece garantia menor, de três anos.  

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