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O Peugeot 208 mudou. Além do discreto facelift (farol, para-choques, rodas, lanternas), o hatch trocou seu motor 1.5 por um inédito 3 cilindros 1.2 de 90 cv. O desempenho piorou, mas ele passou a ser o carro mais econômico do País (incluindo os híbridos, é mais econômico que o Toyota Prius, e perde só para o Fusion). Isso, porém, é assunto para breve, pois nosso primeiro contato com a linha 2017 foi com uma novidade bem mais divertida: a inédita versão esportiva GT.

(LEIA AQUI SOBRE MUDANÇAS, PREÇOS E VERSÕES DO RESTO DA LINHA)

Esse 208 GT é esportivo de verdade, vale dizer. Com motor 1.6 turbo de 173 cv, é mais veloz e rápido que Renault Sandero R.S (150 cv) e Fiat Punto T-Jet (152 cv) e fica pouco atrás do DS 3, que tem o mesmo motor, mas é menor. Não chega a ser o GTI europeu (200 cv), mas deve pouco em desempenho e tem a conveniência das quatro portas. Custa R$ 78.990 – e vale cada centavo. Na carroceria e cabine, detalhes vermelhos reforçam a esportividade.

Estão por toda parte, nos instrumentos, na grade, no logo GT do volante – esse último responsável por boa parte da diversão. Explico: a inovação que o 208 trouxe com o que chama de i-Cockpit (combinação do volante diminuto com instrumentos altos, que se veem por cima dele) ficou melhor nessa versão esportiva. O pequeno diâmetro e as respostas bastante diretas combinam com uma tocada forte. E os amplos ajustes de altura e profundidade garantem uma posição de guiar excelente (oposto do Sandero R.S.).

O autódromo da Fazenda Capuava, em Indaiatuba (SP), é pequeno para superesportivos, mas ideal para carros como esse 208 GT. Toda a força do consagrado THP está disponível a 1.400 rpm (e o consumo ainda é baixíssimo). Na reta deu para esticar a quarta até 145 km/h. Nas curvas travadinhas, trabalhei bem segunda e terceira marchas – notando que o câmbio podia ter engates mais justos – e a dinâmica agradou bastante. Mesmo com o controle de estabilidade desligado, a tendência ao substerço é bem discreta.

Mérito das suspensões recalibradas, mais rígidas sem serem incômodas, e dos pneus mais largos, com 205 mm e aro 17. Já para frear forte, é o único na linha com freios a disco na traseira (e maiores na dianteira). No mais, a central multimídia é nova e mais completa, compatível com Apple CarPlay e MirrorLink, e a lista de equipamentos é caprichada, com seis airbags, auxílio em subidas, iluminação em curvas, ar-condicionado automático bizone, luz diurna, teto panorâmico, sensores de estacionamento, luz e chuva, e muito mais.

Um pacote, além da mecânica, que justifica bem o seu valor. Entre os 3 cilindros e esse THP, se mantêm os 208 com os conhecidos motor 1.6 e câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro, com a adição de uma inédita versão Sport, com visual similar ao desse GT, mas motor aspirado. Enquanto o Sport vai brigar com esportivados como os do comparativo que você vê na página 52, aqui temos mais uma opção para quem gosta de esportivos de verdade, mas não quer gastar uma fortuna.

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Ficha técnica:

Peugeot 208 GT

Preço básico: R$ 78.990
Carro avaliado: R$ 78.990
Motor: 4 cilindros em linha 1.6, 16V, duplo comando variável, turbo, injeção direta
Cilindrada: 1598 cm3
Combustível: flex
Potência: 166 cv a 6.000 rpm (g) e 173 cv a 6.000 rpm (e)
Torque: 24,5 kgfm a 1.400 rpm (g/e)
Câmbio: manual, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: pseudo McPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: discos ventilados (d) e discos sólidos (t)
Tração: dianteira Dimensões: 3,975 m (c), 1,702 m (l), 1,472 m (a)
Entre-eixos: 2,541 m
Pneus: 205/50 R17
Porta-malas: 285 litros
Tanque: 55 litros
Peso: 1.196 kg
0-100 km/h: 8s (g) e 7s6 (e)
Velocidade máxima: 218 km/h (g) e 222 km/h (e)
Consumo cidade: 12 km/l (g) e 8,2 km/l (e)
Consumo estrada: 13,8 km/l (g) e 9,5 km/l (e)
Nota do Inmetro: B
Emissão de CO2: 104 g/km
Classificação na categoria: A (Compacto)

(PREÇO OFICIAL ADICIONADO EM 4/4/16)