08/11/2016 - 14:00
O primeiro conversível da Classe C foi apresentado este ano e é uma das estrelas da Mercedes-Benz. Para o mercado global, a missão do Classe C Cabriolet é trazer clientes jovens de espírito para entrar na marca diretamente num carro esportivo. Para o Brasil, a missão é derrubar a liderança do BMW Série 4 Cabrio. Ele briga também com os A3 Cabriolet e A5 Cabriolet, Como adiantamos em julho, o C 300 Cabriolet foi a versão escolhida para o mercado brasileiro. Ele tem motor 2.0 de 245 cv.
O novíssimo 300 C Cabriolet tem um design sexy, com linhas herdadas do Classe S. O capô é longo e as laterais são altas. A frente utiliza a grade estilo diamante. A capota de lona com placa de vidro abre em 20 segundos com o carro em movimento até 50 km/h. As lanternas traseiras são alongadas para a lateral e a esportividade é ressaltada nos vários cromados.
Como segurança, conta com sete airbags e santantônio, que fica embutido e surge só em caso de imimente capotamento. O sistema Dynamic Select permite cinco modos de condução: Eco, Comfort, Sport, Sport Plus e Individual. Ele muda os parâmetros do motor, do câmbio (automático sequencial 9G-Tronic), da suspensão e da direção, tornando o veículo mais mole ou mais arisco.
TEST DRIVE
A diferença dos cabriolet para os roadsters (cinco modelos no Brasil) é que eles têm também o banco de trás e posição mais elevada de dirigir, pois normalmente são derivados de cupês tradicionais. O primeiro conversível da Classe C foi apresentado em Trieste, na Itália. Num test drive de sete horas em dois dias, com direito a várias entradas na vizinha Eslovênia, pudemos dirigir o 300 C Cabriolet.
Apesar do sol que domina a região de Trieste, uma chuva inesperada nos obrigou a rodar boa parte do tempo com a capota fechada. Para quem vai na frente, a distância da cabeça até o teto aumentou em 4 cm em relação ao Classe C sedã; atrás, o acréscimo na altura foi de 12 cm. Apesar dessa comparação, o Classe C Cabriolet é totalmente derivado do Classe C Coupé (lançado em julgo e também exposto no Salão de São Paulo)
Sob garoa, o sistema aircap (boné de ar) evita que os passageiros se molhem, pois uma aba se abre sobre o parabrisa e uma tela sobe atrás do banco traseiro, para evitar a turbulência na cabine. O carro também dispõe do airscarf (cachecol de ar), um sistema que joga vento quente para cima, por trás dos bancos dianteiros, para permitir seu uso no inverno. Como segurança, conta com sete airbags e santantônio que surge em caso de capotamento.
Dinamicamente, o 300 C Cabriolet é perfeito. O sistema Dynamic Select permite cinco modos de condução: Eco, Comfort, Sport, Sport Plus e Individual. Ele muda os parâmetros do motor, do câmbio (automático sequencial 9G-tronic), da suspensão e da direção, tornando o carro mais mole ou mais arisco. A posição de dirigir mantém o padrão elevado dos carros alemães. Já o sistema Comand Online agrega muito valor ao 300 C Cabriolet, pois funciona por meio de um touchpad facílimo de usar. A conectividade é um dos pontos altos do carro, que entrega boa-vida a bordo.
Ao contrário dos roadsters, que têm posição de dirigir muita baixa e apenas dois lugares, os cabriolets são veículos conversíveis que entregam a esportividade de forma menos bruta e visam a família. Por isso, a Mercedes optou por não exagerar na potência das versões escolhidas para o Brasil, pois a gama é incrivelmente ampla.
O gerente de marketing e produto da Mercedes, Evandro Bastos, acredita que o C 180 poderia desagradar pela potência (156 cv) e que o C 250 (210 cv) ficaria muito próximo do C 200 (que pode ser a segunda versão a ser importada). Da mesma forma, o C 400 (V6 de 333 cv) não se justifica para quem busca clientes que farão a primeira compra na marca. Assim, o C 300 foi a melhor escolha para a estreia desse novo conversível no Brasil. Pelo que vimos nas estradinhas da Itália e da Eslovênia, será suficiente para incomodar os rivais da Audi e da BMW.