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Rejeitado pelo consumidor por um tempo após o lançamento no Brasil em 2014,
o VW Up aos poucos vai conquistando os consumidores. A boa dirigibilidade, os econômicos motores 3 cilindros e a boa nota de segurança ajudam. Mas certas deficiências – pelo menos ao olhar do brasileiro – o impediam de crescer mais. Agora, o hatch chega à linha 2018 reestilizado por dentro e por fora e bem mais equipado para tentar decolar de vez.

As novidades externas são tímidas: os faróis ganharam elementos internos, a grade tem um friso cromado, as lanternas são novas (não de LED como na Europa, mas com desenho para parecer) e a tampa traseira ganha um friso (versão High). Os para-choques também foram redesenhados, fazendo o carro “crescer”: o comprimento das versões MPI (aspiradas) aumentou 8,4 cm, e o das TSI (turbinadas), que já eram maiores, 4,4 cm. Mas isso não rendeu nenhum espaço extra na cabine um contra-senso em um carro urbano, que tem como uma das vantagens ser fácil de estacionar, justo por ser compacto por fora (mas essa decisão se explica facilmente em um mercado que compra carro por metro, e criticava o Up junto por ser pequeno).

Ainda falando em design externo, os Up com motor TSI passam a se diferenciar melhor dos com o MPI. Além da famosa tampa traseira preta, agora eles podem ser reconhecidos de qualquer ângulo: têm um logo TSI na coluna B, para-choque com acabamento preto brilhante e friso vermelho na grade (exceto na cor Laranja Habanero avaliada). No interior, as mudanças foram mais sensíveis. O criticado acabamento com plástico na cor da lataria (nós gostávamos) ficou só nas portas; no painel, deu lugar a revestimentos texturizados, mais sofisticados, embora de plástico duro. E a partir da versão Move TSI, agora vem com iluminação indireta em LED no painel (bem chique).

Já o cluster ganhou um (necessário) conta-giros maior e uma tela multifunção crescida e com mais recursos (mostra informações do rádio/mídia). Além disso, o Up ganhou os desejados volante multifuncional (Move em diante), um prático suporte para celular (todos) e um som mais bonito e moderno (Composition Phone, opcional no Move), com integração com o Maps & More – agora um app, mas ainda uma solução ruim (leia na pág. 74). Por outro lado, perdeu o sistema S.A.V.E. (divisória no porta-malas)

Não há mais Up duas portas ou Black/Red/White. A de entrada Take MPI (R$ 37.990) é bem pelada, sem conta-giros. A mais vendida será a Move, única MPI (R$ 48.290) ou TSI (R$ 52.790). Agora vem com faróis de neblina, retrovisores com repetidores de seta, sensor de estacionamento e rodas de liga aro 14, entre outros. Do Move TSI deriva a série Connect avaliada (R$ 54.990), que soma retrovisores e teto pretos, interior escuro, faixa lateral, rodas 15 diamantadas e, claro, o som melhor. Outras novidades, como sensor de chuva e faróis e luzes de conversão, só no High, de R$ 57.100 (agora só com o motor TSI, assim como o Cross, que é vendido por R$ 55.600).

Ao volante, a boa dirigibilidade continua, principalmente nas versões TSI – com consumo impressionante (é fácil marcar 20 km/l) e desempenho empolgante. A direção elétrica tem o peso certo, mas as suspensões podiam ser mais macias. O porta-malas é ótimo para o porte, e a visibilidade é excelente. Continuamos sentindo falta dos vidros elétricos traseiros e da abertura interna do tanque de combustível, mas isso não desabona o compacto, agora, mais do que nunca, entre as melhores opções do mercado.


Ficha técnica:

Up! Connect 1.0 TSI

Preço básico: R$ 37.990
Carro avaliado: R$ 54.990
Motor: 3 cilindros em linha 1.0,12V, duplo comando variável, turbo, injeção direta
Cilindrada: 999 cm3
Combustível: flex
Potência: 101 cv a 5.000 rpm (g) e 105 cv a 5.000 rpm (e)
Torque: 16,8 kgfm de 1.500 a 4.500 rpm (g/e)
Câmbio: manual, cinco marchas
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 3,689 m (c), 1,645 m (l), 1,504 m (a)
Entre-eixos: 2,421 m
Pneus: 185/60 R15 (move: 175/70 R14)
Porta-malas: 285 litros
Tanque: 50 litros
Peso: 987 kg
0-100 km/h: 9s5 (g) e 9s3 (e)
Veloc. máxima: 181 km/h (g) e 183 km/h (e)
Consumo cidade: 13,8 km/l (g) e 9,6 km/l (e) (Aro 14: 14,3 e 10)
Consumo estrada: 16,1 km/l (g) e 11,1 km/l (e) (Aro 14: 16,3 e 11,5)
Emissão de CO2: 86 g/km
Nota do Inmetro: A Classificação na categoria: A (Subcompacto)