01/01/2008 - 0:00
SSANGYONG KYRON R$ 135.900
Muita gente ainda não conhece a Ssangyong, marca coreana que já está há um bom tempo no Brasil, mas tem participação tímida, e concessionárias restritas à cidade de São Paulo. Seu SUV Rexton II, no entanto, até que não vende pouco, considerando o preço (R$ 150 a 160 mil), o segmento e a falta de representatividade da marca. Foram vendidas em 2007 (até novembro) 113 unidades, cinco a mais que o BMW X5.
Desde julho, a montadora tem outro representante aqui, o Kyron. Um utilitário esportivo menor que o Rexton, com motor diesel Mercedes 2.7 que, embora não seja dos mais modernos (é aspirado), tem a marca que garante durabilidade. Com 165 cv e 34,7 kgfm de torque, proporciona um bom desempenho e aceleradas vigorosas, apesar de ser um pouco lento na saída.
O câmbio automático de cinco marchas dá a opção de trocas manuais, que podem ser feitas tanto por meio de botões no volante (um pouco distantes do polegar, quando se dirige com as mãos posicionadas corretamente) ou de um botão na lateral da alavanca de câmbio, solução inédita da marca.
Acima, as lanternas traseiras, inspiradas no BMW X5, e o painel de design moderno, com soluções criativas e ar-condicionado digital. Abaixo, o botão que controla a tração, que permite as opções 4×2 (traseira), 4×4 e 4×4 reduzida, o que garante, aliando ao alto torque, uma boa performance no off-road
A mesma criatividade da alavanca de câmbio se aplica ao painel e outros detalhes internos, que são bonitos, mas decepcionam um pouco pela irregularidade. De positivo, ele tem bancos e acabamento das portas em couro, ar-condicionado totalmente digital, CD Player com som de ótima qualidade, faróis com regulagem de altura, um bom espaço traseiro e controle da tração (que pode ser traseira, 4×4 e tem a opção reduzida para o off-road) por meio de botão, e não de alavanca.
Além do controle do som, o volante tem os botões D+ e D-, para trocas de marcha seqüenciais, que podem ser feitas também no inusitado botão na lateral da alavanca (foto da direita)
Por outro lado, alguns setores do painel têm plásticos de menor qualidade, o ruído interno é um pouco alto e o airbag do passageiro é opcional. A visibilidade traseira não é das melhores (um sensor de estacionamento cairia bem) e a carroceria inclina um pouco demais nas curvas – resultado do acerto de suspensão que, em compensação, é bastante confortável.
Trata-se de um carro atraente, embora o design não agrade a todos, mas é no preço que está seu grande defeito. Por um pouco mais que os R$ 135.900 cobrados por ele (preço promocional por tempo limitado – o de tabela é R$ 139.900), a própria Ssangyong oferece o Rexton, que é maior. E ele ainda tem que brigar na faixa de Hilux SW4 e RAV-4, CR-V, Freelander…