01/02/2008 - 0:00
O funcionamento do câmbio é simples: na posição “D”, as trocas são automáticas. Empurrando-a para a frente ou para trás, as trocas manuais são ativadas, e o motorista assume o controle. Há ainda o botão “Sport” que, no modo automático, estica as marchas
Não fosse pela nova transmissão automatizada opcional, o novo Stilo passaria despercebido. Só os mais observadores notariam as sutis diferenças estéticas: na frente, um novo pára-choque em conjunto com a grade; nas laterais, retrovisores com luzes indicadoras de direção, frisos nas portas e rodas de liga-leve; na traseira, falsas saídas de escapamento que acompanham o pára-choques, lanternas tipo cristal e frisos cromados na tampa do porta-malas.
No painel, nenhuma mudança visual perceptível além da nova alavanca do câmbio automatizado. O porta-luvas tem entrada USB para conexão de MP3 players ou pen-drives e o ar-condicionado é digital. O teto solar Sky Window continua sendo oferecido como opcional
A alteração mais significativa é a opção da transmissão automatizada, que, apesar do funcionamento radicalmente diferente do câmbio automático, mostra um resultado final semelhante. Diferentemente do câmbio automático convencional, que utiliza conversor de torque hidráulico para transmitir o movimento do motor para o câmbio (neste caso, as trocas de relação de transmissão são feitas através de um sofisticado sistema hidráulico eletronicamente comandado), o câmbio automatizado é um câmbio normal, com embreagem e engrenagens, no qual é adaptado uma espécie de robô hidráulico que faz o trabalho de acionar a embreagem e acionar a troca de marchas, tudo eletronicamente comandado. A vantagem está principalmente no preço: um sistema automatizado custa cerca da metade do preço de um câmbio automático.
FIAT STILO DUALOGIC R$ 53.000
Mas o funcionamento não é exatamente igual. O sistema automático convencional é mais suave e macio, com trocas de marcha quase imperceptíveis. No automatizado, percebem-se claramente as trocas de marchas, e as saídas são sempre um pouco mais sensíveis.
No dia-a-dia a operação do sistema automatizado é boa, com a vantagem de consumir menos combustível que o automático convencional, que sempre apresenta um pequeno escorregamento do conversor de torque nas marchas mais reduzidas (1ª, 2ª e 3ª), consumindo mais combustível. Em contrapartida, o sistema automatizado exige a substituição da embreagem como em um sistema manual. As pequenas alterações executadas pela Fiat não deverão ser suficientes para alterar o quadro de baixas vendas do modelo em 2007, quando o Stilo terminou o ano na quinta posição entre os hatches médios – atrás de Astra (líder com 25.000 unidades vendidas), Focus (quase 15.000 carros), Punto (surpreendentes 13.800 carros em cerca de três meses) e Golf (pouco menos de 14.000 carros) –, com pouco mais que 13.000 carros. Vale lembrar, também, que o Stilo não é mais produzido na Europa.