01/06/2008 - 0:00
Guiar a Meriva Easytronic é bastante estranho no primeiro momento. Seu câmbio manual automatizado isenta o motorista de precisar trocar marchas. O trabalho fica todo a cargo do próprio veículo.
A grande diferença da transmissão automatizada para a automática é que em vez de o condutor pisar na embreagem e trocar as marchas, o carro é que faz isso. Há todo um sistema eletro-hidráulico responsável por identificar o momento certo de subir ou reduzir as marchas. Mesmo conhecendo o sistema, no dia-a-dia estas trocas acabam pegando de surpresa o motorista. Ao sair para ultrapassar alguém, é necessário abusar um pouco das rotações, mas se o câmbio estiver no modo automático e não seqüencial você corre o risco de, no meio da manobra, o veículo decidir trocar de marcha e acabar perdendo o embalo. Por outro lado, a tecnologia é, sem dúvida, uma boa evolução dos sistemas de transmissão aqui no Brasil. No caso da Meriva, a tecnologia só está presente na versão Premium, com preço na casa dos R$ 56 mil.
Por este valor, a Meriva Premium Easytronic briga diretamente com o Honda Fit 1.5 com câmbio CVT, que não repassa ao motorista os solavancos das trocas. Para quem não abre mão de um desempenho mais expressivo, o monovolume da GM pode ser uma boa opção. O grande desafio mesmo fica na adaptação com o novo aparato, mas ela não demora a acontecer. Com apenas alguns quilômetros rodados, já é possível uma maior familiaridade com o carro. Selecionar a opção seqüencial nas ultrapassagens para não ser surpreedido por uma troca fora de hora é uma boa sugestão.
Acima, o painel com display remoto do rádio e, ao lado, o câmbio manual automatizado, principal atrativo da versão. Acima, as pequenas, mas bastante úteis, bandejas para quem viaja no banco traseiro. Abaixo, o design da traseira, que já sente um pouco o peso da idade