NISSAN FRONTIER SEL AUT. R$ 110.976

Para seu uso mais comum, nas estradas de terra e fazendas, geralmente no interior, ou mesmo para rodar em estradas asfaltadas, a Nova Frontier (não mais tão nova assim: na Tailândia ela acaba de receber facelift e nova tração 4×4) é uma boa opção: custa um pouco mais caro que a S10, nesta versão com câmbio automático, não oferecido pela GM, e mais barato que as principais concorrentes diretas com a transmissão automática (e projeto mais moderno que as antigas Ranger e S10), L200 Triton e Toyota Hilux.

O motor 2.5 turbodiesel eletrônico de 172 cv não é silencioso, mas agrada, aliado a uma transmissão de cinco velocidades com overdrive que proporciona trocas suaves, além de permitir selecionar manualmente a primeira, segunda ou terceira marchas, recurso útil no off-road (ela tem 4×4 com controle por botão). O consumo de combustível é baixo, e o desempenho é bastante satisfatório, com acelerações consistentes e retomadas que, se não são de um esportivo, se destacam entre as picapes.

O piloto automático ajuda em estradas de asfalto e o 4×4 garante força offroad, mas, na cidade, o diâmetro de giro compromete

O acabamento e isolamento acústico são bons e, com as janelas fechadas, o barulhento diesel não incomoda. Em espaço interno, a Frontier também se destaca: quem viaja atrás tem bom espaço para as pernas – algo raro em picapes cabine dupla – mas os passageiros não estão livres dos solavancos característicos das suspensões do segmento.

O maior inconveniente, para quem usa a picape nas grandes cidades, é seu porte – ela é bastante grande! Mas o principal problema não é exatamente o tamanho, e sim o diâmetro de giro – em pequenas rotatórias, as rodas dianteiras viram pouco, e fica difícil se manter na rua. Mas aí ela está fora do seu hábitat… não pode ser tudo.