01/08/2008 - 0:00
DODGE JOURNEY R$ 99.990
Em tempos de crise de combustíveis, o mercado automobilístico norteamericano está se adaptando como pode, e uma das conseqüências é a redução da procura por veículos de grande porte, como os SUVs. Essa é uma das razões de os crossovers estarem em evidência. O , que acaba de chegar ao Brasil por R$ 99.990, é um deles.
De acordo com o fabricante, o Journey tem a praticidade de uma minivan, a capacidade de um utilitário esportivo e a eficiência de um automóvel de passeio. Para conferir essas características, rodamos com o novo modelo pelas estradas da Noruega, local escolhido pela marca para fazer a apresentação mundial do modelo.
A posição de dirigir do , e suas reações dinâmicas, como aceleração e estabilidade, são realmente mais próximas da de um automóvel do que da de um utilitário esportivo. Essa é a grande vantagem de um crossover. Já internamente, o modelo prima pela versatilidade. Sua configuração de 5+2 lugares o coloca à altura das mais modernas minivans, sem as desvantagens dinâmicas desse tipo de veículo.
No interior, sete assentos escamoteáveis e muitos porta-objetos. Embaixo do assoalho, na frente dos bancos, há dois espaços que podem se tornar coolers com uso de gelo
Os dois bancos adicionais oferecem conforto, mesmo para adultos, e, quando não utilizados, aumentam bastante a capacidade do porta-malas. Também a segunda fileira de bancos pode ser escamoteada, o que eleva o volume de carga aos 1.900 litros. A grande sacada do modelo, no entanto, está nos vários porta-objetos.
O à venda no Brasil tem apenas um dos motores da linha, o V6 transversal de 2.736 cm3 e 187 cv, com torque de 26,3 kgfm. O câmbio é automático de seis velocidades e a tração é dianteira. Existem ainda, para outros mercados, os motores de quatro cilindros 2.0 turbodiesel e 2.4 a gasolina, um V6 3.5 a gasolina e também o V6 2.7 E85, que funciona com uma mistura de 15% de gasolina e 85% de álcool de milho. Mesmo considerado por alguns como um motor flex, esse propulsor não equipará o Journey aqui. Segundo a montadora, um dos motivos dessa decisão está no fato de que “esse motor não aceita 100% de álcool como nossos flex”. O que, de qualquer maneira, exigiria adaptações mínimas.
O não é um veículo muito grande – tem 4.89 m de comprimento – podendo até “roubar” mercado de algumas peruas mais caras, como o Volkswagen Jetta Variant. Se depender de seu estilo e de sua elegância, não será nada difícil.
Para manter o preço abaixo dos R$ 100 mil, o carro vendido aqui não dispõe do sistema de som MyGig, do navegador e do couro nos bancos. E o acabamento é menos sofisticado
O porta-luvas é refrigerado e há também porta-objetos debaixo das almofadas dos bancos e embaixo do piso do porta-malas, que pode assumir várias configurações