Carros conceitos são como laboratórios de pesquisas de novas tecnologias e futuras tendências de design. Inovações que hoje estão no mercado muitas vezes foram implantadas primeiro nos protótipos para depois entrar na linha de montagem. Assim como o visual da Palio Weekend Adventure Locker, que traz semelhanças com o FCC I (Fiat Concept Car), provável inspiração para o modelo de rua.

Com o FCC II não é diferente. Mas, seu principal apelo está nas inovações sustentáveis, uma grande preocupação mundial. Com a proposta clara de aliar sustentabilidade com diversão ao dirigir, este “bugão” foi construído com componentes ecologicamente corretos, como carroceria de fibras naturais de fontes renováveis e algumas peças, como discos de freios, molas e montantes de suspensão, com revestimentos de organometálicos isentos de metais pesados. Dentro do veículo também há indícios de preocupação ambiental. O revestimento dos bancos tem 30% de sua composição de poliol de óleo de soja reciclado.

E, para fechar o pacote com chave de ouro, o FCC II possui motor elétrico alimentado por 93 baterias, que podem ser carregadas em qualquer tomada de 220 volts. Segundo a montadora, o modelo tem uma autonomia de 100 km, desenvolve 80,2 cv de potência e atinge a máxima de 120 km/h, limitada eletronicamente. A tecnologia Locker também foi empregada no carro, que possui tração traseira.

Suas linhas agressivas e futuristas são outro grande atrativo, que lhe rendeu grande sucesso no Salão do Automóvel de São Paulo deste ano. Aliás, veículos como o FCC II possuem uma agenda de eventos muito cheia. Depois de agradar ao público brasileiro, o conceito da Fiat será exposto nos demais Salões mundo afora. Mesmo assim, o bugão não é apenas mais um carro-laboratório de exposição estática. A convite da marca, MOTOR SHOW tirou a prova.

A experiência de guiá-lo é interessante desde o comando da ignição. Ao girar a chave, é esquisito não ouvir nenhum ruído de motor. Os comandos do câmbio Dualogic (automatizado) ficam no lugar onde estaria o rádio de um carro comum. Só depois de selecionar “D” e acelerar percebe-se que o carro está ligado. Daí para a frente é só controlar freio e acelerador. Em movimento, o único ruído que emite é um quase imperceptível zunido – que promete ser cada vez mais comum no futuro. Má notícia para quem gosta de ouvir o ronco do motor ao pisar no pedal direito, boa notícia para o futuro do planeta.

Ele é também um estudo de design. Acima, o câmbio, o velocímetro com contagiros, os retrovisores presos ao vidro e os faróis. O motor elétrico de 80 cv e,Os bancos esportivos. O volante, igual ao do Punto, e a traseira, sem escapamento

Desenvolvimento

O FCC II foi construído no Pólo Giovanni Agnelli, em Betim (MG). O designer Manuel Alexandre Ferreira afirma que o tempo de desenvolvimento do modelo foi de dez meses. Idealizado para atender ao conceito de Enviroment & Fun (Meio Ambiente e Diversão), o FCC II foi apelidado pelos funcionarios da marca de Bugster (Buggy + Roadster). Para reforçar ainda mais o vínculo com a natureza, o veículo recebeu a cor verde cítrico. Para chegar nesta tonalidade, foi necessário pintar o FCC II de branco perolizado e só depois passar um verniz especial, que deixou o carro com este tom vibrante.