23/04/2018 - 12:20
A Volks confirmou um novo SUV médio feito na Argentina, que chega em 2020 para atacar o Jeep Compass. Ele se chamará Tarek e, ao que tudo indica, será baseado no Skoda Karoq – que também dará origem ao Seat Ateca. Com 4,38 m de comprimento, contra 4,41 m do Jeep, a novidade vai encarar também o Peugeot 3008. Os engenheiros se esforçaram para fazer do Karoq um SUV prático e versátil – trabalhando na organização do espaço e em comodidades como a luz do porta-malas, que é uma lanterna removível. Há um porta-objetos refrigerado entre os bancos dianteiros, suporte para tablets nos encostos de cabeça dianteiros e assentos traseiros deslizantes que aumentam o porta-malas de 464 litros para 522 litros, além de um sistema que permite abrir uma garrafa com uma mão só.
Outro recurso interessante é o banco traseiro, dividido em três partes (40-20-40%) que podem ser removidas individualmente, garantindo capacidade de carga fora do comum. Há, ainda, uma central multimídia com 9,2” e carregador de celular por indução. Opcionalmente, pode ter sistema semi-autônomo que assume o volante em congestionamentos. Ao volante, o Karoq não proporciona fortes emoções. Com 17 cm de vão do solo, o que não é muito, as suspensões absorvem bem as irregularidades do piso, mesmo com rodas aro 18 e eixo e torção traseiro.
A direção, porém, é pouco comunicativa e mais leve do que deveria. São características coerentes com as do conjunto motriz formado pelo moderno 1.5 turbo de potência e torque com entrega linear (leia quadro) e pelo câmbio de dupla embreagem com sete marchas e trocas que privilegiam o conforto. Uma mínima variação de tom indica a desativação de dois cilindros, o que contribui para o baixo consumo, principalmente na cidade – onde marcou 12,8 km/l. Na estrada a 120 km/h, o conta-giros estaciona a boas 2.000 rpm, mas o consumo ficou em razoáveis 13,5 km/l.
Um turbo sofisticado
O 4 cilindros 1.5 é a mais nova evolução do 1.4 TSI da família EA211 (do Golf brasileiro). Como os outros da família, tem bloco de alumínio, turbo e injeção direta. Mas se diferencia por peculiaridades para reduzir o consumo. O funcionamento no Ciclo Miller, com fase de compressão mais rápida que a de expansão, favorece o rendimento (que, graças à taxa de compressão de 12,5:1, chega a 40%) mas prejudica o desempenho. Para compensar, foi adotado um turbo de geometria variável, novidade para motores a gasolina produzidos em larga escala. Para completar, os cilindros 3 e 4 são desativados em situações de baixa carga.
Ficha técnica:
Skoda Karoq 1.5 TSI DSG Style
Motor: 4 cilindros em linha 1.5, 16V, duplo comando variável, turbo, injeção direta, desativação de cilindros
Cilindrada: 1498 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 150 cv a 5.000 rpm
Torque: 25,5 kgfm de 1.500 a 3.500 rpm
Câmbio: automatizado, sete marchas, dupla embreagem
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,38 m (c), 1,84 m (l), 1,60 m (a)
Entre-eixos: 2,64 m
Pneus: 215/50 R18
Porta-malas: 479 litros (oficial) – 464 litros*
Tanque: 50 litros
Peso: 1.393 kg
0-100 km/h: 9s3*
Velocidade máxima: 195 km/h*
Consumo cidade: 12,8 km/l*
Consumo estrada: 13,9 km/l*
Nota do Inmetro: não vendido no Brasil