01/12/2009 - 0:00
O Range Rover 2010 mantém o design básico tradicional que sempre o caracterizou, mas, por dentro, traz inovações que o deixaram ainda mais sofisticado, luxuoso e confortável. O revestimento de couro está presente até mesmo no teto do habitáculo
A Land Rover começa em breve a trazer ao Brasil sua linha 2010. Os três modelos reformulados – Range Rover, Range Rover Sport e Discovery 4 – ganharão as ruas nos próximos meses (mas os pacotes de equipamentos e preços ainda não foram totalmente definidos). Aqui, você confere um dos modelos mais sofisticados, potentes e luxuosos já produzidos pela marca inglesa – o novo Range Rover V8 Supercharged.
Especialista em veículos off-road, o nome Land Rover nasceu há mais de meio século (1948), quando era usado para denominar um modelo de carro da inglesa Rover – extremamente rústico, inspirado nos jipes da Segunda Guerra, mas extremamente resistente. Em 1970, nasceu o Range Rover e logo o nome Land Rover passou a denominar uma linha de veículos – e depois uma empresa. Os anos se passaram e a marca teve muitos donos, da alemã BMW à americana Ford até a indiana Tata, que a adquiriu no ano passado.
Da empresa pós-guerra, que tinha como principal trunfo o Birmabright, uma liga de alumínio e magnésio resistente à corrosão usada na carroceria que lhe rendeu a fama de durabilidade, foi justamente isso que restou. Modelos como o Defender ainda se baseiam nessas qualidades, mas o Range Rover vai além: hoje é um ícone de sofi sticação – usado principalmente no asfalto, como um “supersedã” de luxo, ainda é capaz de enfrentar o off-road como poucos.
O jipe atravessa trechos alagados com até 70 cm de água e enfrenta obstáculos com facilidade, graças aos seus generosos ângulos de ataque (340) e saída (26,60). Além disso, o vão livre do solo varia de 23,1 cm a 28,3 cm, conforme a escolha ao se girar o botão que controla o sistema Terrain Response: basta escolher o obstáculo – neve, areia fina, lama e escalada de pedras – e uma série de configurações do veículo são modificadas. E mais: mesmo no modo “padrão”, a pressão dos amortecedores é monitorada 500 vezes por segundo e ajustada conforme a necessidade, permitindo que ele se comporte tanto como um jipe quanto como um esportivo.
Falando em esportivo, aí está a maior inovação desta nova versão V8 Supercharged 2010: um motor bem mais potente e moderno que o ultrapassado 4.4 que o equipava. A nova unidade 5.0 com compressor gera 510 cv e impressionantes 63,7 kgfm de torque – força disponível, em sua totalidade, das 2.500 rpm até as 5.500 rpm. Não importa o momento em que se acelere, a resposta é imediata. Apesar de maior, mais potente e mais forte que o motor anterior, essa nova unidade é mais econômica – mérito de uma série de tecnologias, como a injeção direta de combustível, a construção em alumínio e o comando variável de admissão. Só faltou um câmbio automatizado com dupla embreagem, mas o automático de seis velocidades é rápido e confortável.
E as mudanças não param por aí: há ainda sutis novidades no exterior, com pequenas mudanças visuais nos para-choques, grade (com três faixas) e faróis – que agora usam lâmpadas formadas por LEDs para uma iluminação mais eficiente. Ainda parte das mudanças visuais externas, o antigo emblema verde e prata na grade dianteira agora é preto e prata.
O V8 5.0 Supercharged gera 510 cv de potência e 63,7 kgfm de torque, formando um belo conjunto com o câmbio de seis marchas rápido e eficaz
Acima, a lateral da porta traseira, com comandos de ajuste e memória de posições e do ar. A sua direita, o painel de instrumentos virtual e a tela de LCD sensível ao toque, que mostra imagens diferentes para motorista e passageiro simultaneamente. Abaixo, o volante multifunção
Mas se o exterior mudou pouco, no interior há diversas novidades: além de melhorias no acabamento (incluindo revestimento em couro até no teto da cabine), o carro traz no painel uma grande inovação. Usando a tecnologia Parallax Barrier, a mesma tela central de LCD sensível ao toque exibe uma imagem para o motorista (o mapa de navegação por GPS, por exemplo) e outra para o passageiro (um filme em DVD). Já o painel de instrumentos é virtual: uma tela TFT configurável de 12 polegadas mostra velocímetro, conta-giros e demais informações. Olhando para o painel, o motorista jura que mostradores e ponteiros estão ali, mas são apenas imagens. Conforme o modo que se está usando (4×4, esportivo, etc.) as informações mudam no display.
A sofisticação e o charme se estendem à chave, com inscrição do nome do carro em baixo relevo. Um belo cartão de visitas!
Para completar, o novo Range Rover ainda tem piloto automático adaptativo, que mantém a velocidade programada e ainda faz reduções e retomadas sozinho, se um carro mais lento estiver à frente; Aeba (Assistente Avançado de Frenagem Emergencial), que pré-ativa os freios e até freia sozinho, se houver risco de colisão; monitor de ponto cego, que avisa se há algum veículo no ponto cego; assistente de farol alto, que muda da luz alta para a baixa ao detectar um veículo no sentido contrário; e, finalmente, um sistema de cinco câmeras que mostram tudo que acontece do lado de fora. Realmente não lhe falta nada.