Chamado de Vectra aqui no Brasil, em todo o resto do mundo ele é conhecido como Astra. O fato de ter nome falso em seu passaporte brasileiro não signi ca que seja ruim. Pelo contrário: era tão bom para um Astra que a Chevrolet brasileira o promoveu a Vectra e manteve o Astra como opção mais barata.

O acabamento é de boa qualidade, a lista de equipamentos é farta (com iluminador de calçada, ABS e airbags, som com entrada para cartão SD e Bluetooth), a visibilidade é das melhores (o grande retrovisor interno mostra a janela traseira de ponta a ponta) e o isolamento acústico da cabine, excelente.

Seus preços começam nos R$ 55 mil – GT com câmbio manual – e chegam a quase R$ 66 mil neste GT-X automático avaliado. Enquanto o primeiro faz o papel de bom moço, comportado e confortável, o segundo ca encarregado de ser esportivo: daí os itens como a ponteira de escape cromada, os faróis com máscara negra, a soleira em alumínio e as belas rodas aro 17 – além deste azul chamativo, marca registrada dos esportivos da Opel, a General Motors europeia.

O problema é que o Vectra GT cumpre – e bem – seu papel de comportado e confortável, mas seu “irmão” com o X no sobrenome e cara de mau, além do visual, pouco tem de esportivo. Os pneus 225/45 R17 (no GT os pneus são 205/55 R16) seguram bem o carro no chão – ao custo de um conforto ao rodar inferior – e a suspensão dianteira com subchassi tem bom comportamento. Mas acaba aí a esportividade do GT-X – pelo menos o automático.

A excelente lista de equipamentos, a cor esportiva e os detalhes cromados impressionam. Até você acelerar e descobrir que o câmbio “joga contra” o carro

O velho motor 2.0, recalibrado no ano passado, tem 140 cv e quase 20 kgfm de torque – nada mal, em números absolutos (mas com alto consumo). O problema está no câmbio – com quatro marchas, deixa o carro lento: as respostas ao acelerador demoram e as retomadas são sofríveis. Para andar rápido na estrada, prepare-se para passar a maior parte do tempo em terceira marcha (com o motor gritando).

A opção sport do câmbio não melhora muito a situação e – pior – nem há opção de trocas sequenciais para melhorar o rendimento. Se for para ser esportivo, que venha com o câmbio manual. Com ele, ao menos, o carro não passa vergonha perto de um Gol 1.6. Eis o X da questão.