01/03/2010 - 0:00
Com a grave crise econômica dos EUA e a queda nas vendas de automóveis naquele país, diversas montadoras abandonaram o Salão de Detroit (leia reportagem completa sobre o Salão nesta edição). Nissan, Mitsubishi, Fiat e Ferrari, entre outras, ou debandaram ou tiveram estandes com poucos ou nenhum lançamento.
A solução foi promover os fabricantes chineses – que antes cavam no porão do centro de exposições – ao andar de cima, onde tradicionalmente cavam apenas as grandes montadoras ocidentais. Mas aí foi o tal porão que cou vazio. Juntando uma boa dose de oportunismo com uma jogada de marketing e (quem sabe?) boas intenções, os 6.500 m2 do local foram transformados em uma pista de testes para veículos “verdes”, batizada EcoXperience (experiência ecológica).
Alguns dos modelos “verdes” dos norte-americanos são grandes e gastões como este Mercedes ML híbrido
Sobre uma pista de madeira, jornalistas e público tiveram a oportunidade de guiar carros “sustentáveis” a emocionantes 10 km/h. O problema não é nem tanto a baixa velocidade na qual eram feitos os testes, mas a confusão que os americanos fazem com o conceito exato do que é ou não um carro “verde”.
Dos modelos disponíveis para testes, vários eram gigantescos utilitários esportivos em versões híbridas – que, em vez dos 6 km/l das versões tradicionais, conseguem fazer uma média de 12 km/l (dados do GM Tahoe, apenas como exemplo). O problema é que um Civic tradicional, a gasolina, gasta menos do que isso – e sem o custo ambiental adicional da fabricação (e depois da destinação nal) das baterias elétricas.
O que salvou, em parte, a proposta da EcoXperience foi que, junto com esses modelos grandalhões, circulavam modelos totalmente elétricos, como poucos dos pequeninos na página ao lado, e também alguns movidos por célula de combustível (hidrogênio), como o Mercedes acima.
Prêmio de US$ 10 milhões
A Progressive Insurance Automotive anunciou o X Prize, um prêmio de US$ 10 milhões que será prêmio para o veículo mais econômico em uma competição a ser realizada em Michigan, Estado onde ca Detroit
O Revenge Verde, à esquerda, é um híbrido. Acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3s5 e passa dos 320 km/h. Começa a ser produzido este ano e deve custar US$ 190 mil. À direita, o protótipo urbano elétrico da CT&T, cuja manutenção custa apenas US$ 7 ao mês. Abaixo, da mesma marca, o Multi Amphibious, que chega a quase 160 km/h na água
Com a largura de uma moto, a proposta é urbana. Elétrico, acelera de zero a 100 km/h em 4 segundos
A bateria do “triciclo invertido” leva seis horas para ser carregada, e tem mais de 140 km de autonomia
Para rodar com ele, você vai gastar R$ 0,02 por quilômetro. A máxima é de 80 km/h