Fundada em 1967 como uma preparadora independente, a AMG sempre teve uma ligação próxima com a marca alemã. Mesmo antes da fusão, em 2005, as duas empresas vinham trabalhando nas pistas de corrida há vários anos. O primeiro carro de rua desenvolvido em conjunto, porém, só veio em 1993: o C 36 AMG.

O C 36 AMG surgiu como o rival da Mercedes-Benz para o BMW M3. O ponto de partida foi o C 280, a versão de topo do Classe C de primeira geração.

O upgrade começou pelo motor. O 2.8 de seis cilindros e 197 cv foi trocado por uma versão mexida do 3.2 usado no E 320. Com diâmetro e curso aumentados, novos pistões e virabrequim (vindo de um motor Mercedes diesel), e mudanças no gerenciamento eletrônico, o novo propulsor deslocava 3.6 litros e desenvolvia 280 cv.

A AMG aplicou ainda ao C 36 AMG peças vindas de modelos maiores da Mercedes. Os freios dianteiros, por exemplo, vinham do SL 600, enquanto o conjunto traseiro era o mesmo do sedã do E 420.

O resultado era um sedã capaz de acelerar de 0-100 km/h em 6,9 segundos e atingir os 250 km/h de velocidade máxima. Números que empolgavam no início dos anos 1990.

Como a AMG ainda era uma empresa independente, o processo de produção do Classe C esportivo era bem curioso. A preparadora recebia na fábrica de Affalterbach o C 280 pronto, que era então desmontado e remontado como um C 36.

A produção do C 36 AMG terminou em meados de 1997, quando o pioneiro foi substituído pelo C 43 AMG. Foram fabricadas 5.221 unidades do sedã esportivo.

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