01/05/2010 - 0:00
Não é a primeira (nem a última) vez que uma Copa do Mundo de Futebol é usada pela indústria automotiva brasileira para vender mais carros. Afinal, como costumam dizer por aí, o brasileiro é apaixonado por carros e louco por futebol. Juntar as duas coisas é uma jogada de marketing óbvia. A primeira marca a usar a fórmula carro+futebol foi a Volkswagen, em 1982, quando lançou o Gol Copa.
Depois de gerar bons resultados, a estratégia foi repetida pela própria Volkswagen – e também copiada por outras marcas (confira algumas delas nas próximas páginas) -, e não só em Copas do Mundo, mas também em Olimpíadas.
Apesar de a Volks ter consagrado o nome Gol Copa – usado nos campeonatos mundiais de 1982, 1994 e 2006 -, agora resolveu rebatizar sua série especial. Como é patrocinadora da Seleção Brasileira, decidiu chamar a nova série limitada (serão fabricadas apenas três mil unidades), de Gol Seleção. Nesta posição, a marca pôde, inclusive, usar o logotipo oficial da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que está gravado nos bancos e nas laterais.
À esquerda, a primeira série especial da Copa do Mundo: um Gol Copa lançado pela Volks em1982. Foram vendidas três mil unidades
Algumas séries especiais apostam em um pacote atraente de equipamentos para reforçar a relação custo/ benefício e oferecer um bom negócio ao consumidor, mas é preciso ter cuidado para não ser levado apenas pela emoção. Para isso, sempre que se fala em séries especiais, é bom avaliar conteúdo e preço.
Vendido apenas com motor 1.0, já como modelo 2011, o Gol Seleção é uma versão bem equipada – e com algumas diferenças visuais -, se comparada ao modelo de entrada. Bem equipada, mas não completa: ar-condicionado, trio elétrico, alarme, ajuste de altura e profundidade do volante, abertura elétrica do porta-malas, airbags, ABS, banco traseiro bipartido e computador de bordo ainda são opcionais, assim como o volante multifuncional (R$ 290), que equipa o modelo das fotos e que só pode ser adquirido junto com o pacote airbags + ABS (R$ 2.110). De série, destacam-se itens como o CD player com bluetooth e entradas USB e para cartão SD, a direção hidráulica, a chave canivete e as rodas de liga leve aro 14 – opcionais nas versões básicas do Novo Gol 2011.
O volante acima, multifuncional, está na lista de opcionais, assim como vidros e travas elétricos. O escudo da Seleção vem bordado no estofamento dos bancos dianteiros. As rodas de liga leve 14″ são itens de série da versão
Além disso, para incrementar o visual, além dos logotipos da Seleção, ele vem com o volante da versão Power, faróis e lanternas com máscara negra, detalhes internos cromados, faróis de neblina, e componentes externos na cor da carroceria – com exceção da moldura dos para-choques e da grade dianteira. Entre as cores, destaque para o azul da Seleção e, claro, o amarelo tradicional.
O preço de um Novo Gol 1.0 2011 básico (que chega às lojas este mês) parte dos R$ 30.880. Para este Gol Seleção, a marca sugere R$ 33.790. A diferença, de R$ 2.910, prova que a série especial vale a pena. Adquirir os mesmos itens separadamente custaria R$ 4.140 sem as rodas de liga; se quiser levá-las, terá que pagar mais R$ 950 e comprar ainda vidros e travas elétricas,somando mais R$ 1.270. No Seleção, adicionar estes dois últimos itens sai por R$ 4.260, pois a marca obriga o cliente a levar ar e alarme. Além da exclusividade da série limitada, na ponta do lápis, vale a pena
Quem mais entrou nessa…
1 – Kadett Turim, de 1990, fez tanto sucesso que continuou sendo vendido mesmo após a Copa. 2 – Gol Copa de 1994. 3 – Gol Sport 2002. 4 – Gol Copa de 2006. 5 – Linha Chevrolet Champ, de 1998, homenageava a Copa da França, da qual a marca era patrocinadora. 6 – Meriva (e também Zafira, Corsa e Celta) Seleção de 2006. 7 – Citroën Picasso Seleção de 2006 vinha com brindes, como DVD player e bola oficial
