SUVs e crossovers somados já representam 36% das vendas globais. Uma febre que domina todos os segmentos e estimula novidades para todos os bolsos e necessidades. E não vai parar de crescer tão cedo. É um fenômeno global, no qual o Brasil entrou forte – e foi pioneiro em muitos pontos. Novos modelos compactos e médios atrapalham o desempenho de peruas, hatches e sedãs. A “SUVmania” inspira a evolução da espécie, que já ganhou forma de cupê, versões superluxuosas e até características de hiperesportivos

 

BMW X6

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Entre os SUVs da BMW, o X6 é o último do atual ciclo de renovação. Mas chegou a hora de o X6 evoluir. Em poucos meses chega a terceira geração, que terá recursos apresentados no novo X5, do qual empresta a plataforma Clar que substitui a atual. Vantagem na economia de escala e na eficiência energética, pois será mais leve. Embora a plataforma mude, no visual haverá mais uma evolução do que uma revolução. Espera-se uma boa quantidade de dispositivos de alta tecnologia, bem como motores a gasolina e a diesel de 6 cilindros e 3 litros com até 400 cv nas versões normais. Haverá também um V8 biturbo com o logo M. A plataforma Clar tem flexibilidade para acomodar sistemas alternativos de propulsão. Se uma versão híbrida plug-in é quase certa, é difícil dizer se veremos um X6 elétrico no futuro. No design, o novo SUV-cupê se diferenciará do antigo com uma nova dianteira e uma maior inclinação do teto em direção à traseira – inspirado pelo irmão menor X4. A cabine deverá seguir os novos conceitos estilísticos do Z4 e do Série 3. Vendas: segundo semestre na Europa, começo de 2020 no Brasil.

 

AUDI Q4

SUV, compacto e com um toque de cupê: mais um sucesso de vendas que se anuncia. Falamos do novo Audi Q4, que será fabricado na Hungria – em Györ, ao lado do Q3, de quem herdará a base construtiva MQB, os motores e as tecnologias. Ou seja: deve ser feito também em São José dos Pinhais, Paraná, junto com o Q3 nacional. Comprimento em torno de 4,5 m e entre-eixos de cerca de 2,68 m. O nome definitivo pode trazer  surpresas – e não ter nada de Q4 (talvez Q3 Sportback) Vendas: junho na Europa, dezembro no Brasil.

 

KIA “C-SUV”

Na Europa, entre os 4,14 m do Stonic e os 4,50 do Sportage há um vazio na linha de Kia (no Brasil, pior: por enquanto só temos o Sportage). O Niro, com 4,36 m, é modelo de nicho, ligado à propulsões alternativas. Então a marca lançará um novo C-SUV (aqui SUV médio) coreano, com motores tradicionais e mecânica da família Ceed (nunca vendida no Brasil). O crossover deve ser importado para brigar com Hyundai Tucson, Peugeot 3008 e cia. Terá motores turbo a gasolina 1.0 e 1.4 de 120 e 140 cv e – na Europa – um turbodiesel 1.6 de 115 ou 136 cv. As transmissões serão manual de seis velocidades ou dupla embreagem de sete.

 

FORD ECOSPORT

O novo Ford “B-SUV” (utilitário-esportivo do segmento B, aqui SUV compacto) não terá nada em comum com o “nosso” EcoSport, exceto alguns motores, pois nascerá do Fiesta europeu, também diferente do nosso. Então os europeus dão adeus ao carro global (o nosso), com acabamento fraco para seu gosto, e ganham um projetado para eles. As medidas devem crescer um pouco e o design será totalmente diferente, inspirado nos irmãos Kuga e Edge. Terá sistemas de assistência Co-Pilot 360. Não deve ser vendido no Brasil, mas deve inspirar a próxima geração daqui. Apresentação: fim do ano. (Nota da redação: após a publicação original desta matéria, a Ford revelou a primeira imagem oficial do Puma)

 

JEEP RENEGADE PLUG-IN

Serão as versões normais do Jeep, e não Trailhawk, que receberão o sistema híbrido (para uso mais urbano). A confidencialidade dos dados técnicos (potência, autonomia de emissão zero) permanece total. Sabemos apenas que o carro chega no final do ano e será vendido já em 2020. Um interessante produto para a marca colocar à venda também no Brasil.

 

PORSCHE CAYENNE COUPÉ

Sem ofensa, quase um 911 “aventureiro”. Teto inclinado e perfil sinuoso são a base estilística do Cayenne Coupé. O aerofólio traseiro retrátil acentuará a esportividade. A espinha dorsal é a plataforma MSB, com suspensão dianteira duplo A e traseira multilink. Na mecânica, tração integral, eixo traseiro esterçante, suspensão pneumática e barras estabilizadoras ativas. Na cabine, instrumentação com duas telas de 7” divididas pelo conta-giros analógico. O elemento central é a tela de 12,3” do sistema de infotainment (conectado à web). Entre os motores, dois V6: o 3.0 turbo de 340 cv e o 2.9 biturbo de 441. O mais potente será um 4.0 V8 biturbo com 549 cv e 78,5 kgfm: 0-100 km/h em menos de quatro segundos e máxima de cerca de 290 km/h. O E-Hybrid combinará um 3.0 V6 a gasolina a um motor elétrico: serão 462 cv e 71,4 kgfm, com emissão zero por 44 km a até 135 km/h.