01/08/2010 - 0:00
Fazia tempo que eu não andava em um carro tão chamativo. Não pense que estou me referindo apenas à cor ou às linhas do Novo Uno – estou falando de popularidade e carisma. Avaliei a novidade poucos dias depois que se iniciou sua campanha publicitária. Por onde passava, todos comentavam. Outros carros emparelhavam na estrada e abriam as janelas para ver melhor. O mais curioso é que não se trata de um veículo de nicho com preço salgado, como Fiat 500, Mini Cooper e smart fortwo. Era “apenas” o Novo Uno em sua versão de entrada, vendida por menos de R$ 30 mil. O nome Uno tem uma grande força – e a junção de uma nomeclatura de peso com um produto bonito é a melhor receita para o sucesso. Prova disso é o fato de que, no fechamento desta edição, o modelo já estava com uma fila de espera de mais de dois meses.
Mas não é só por fora que o compacto encanta. Por dentro, a marca também não economizou no charme. O tecido dos bancos, com detalhes coloridos, e o painel, com acabamento personalizável, deixam o interior do Uno divertido e descolado. O espaço é bom tanto para quem viaja na frente quanto para quem vai atrás. A posição de dirigir agrada – o único ponto negativo está na proximidade entre a alavanca de câmbio e o banco do motorista: ao engatar a segunda marcha, a alavanca pode raspar na sua perna. O desempenho, como o de todo 1.0, é modesto, mas os engates do câmbio são precisos e a estabilidade surpreende: ao contrário de outros modelos da marca, sua suspensão é mais firme, passando mais segurança principalmente nas curvas.
Esta versão de entrada, Vivace, custa R$ 27.350 e não oferece quase nada de série. A unidade das fotos tem muitos opcionais: retrovisores e para-choques na cor da carroceria, bancos e painel personalizados, CD com bluetooth e entrada USB, airbag duplo, ABS, kit de adesivos, volante com ajuste de altura (de profundidade, nem opcional), direção hidráulica e trio elétrico. Assim, seu preço sobe para R$ 33.180.
O Novo Uno tem, afinal, um excelente conjunto para um carro de entrada. O “quadrado” que revolucionou a década de 1980 voltou com tudo. Será o início de mais uma revolução?