01/08/2010 - 0:00
Manutenção média
Desvalorização alta
Seguro alto
De cima para baixo: o motor turbo, seu maior atrativo, o câmbio Tiptronic de cinco marchas com trocas sequenciais também no volante (na foto logo abaixo) e o sistema de som e ar-condicionado digital com a característica iluminação vermelha
A chegada do Audi A3 no Brasil ocorreu em 1997, quando começou a ser importado da Alemanha. Desde então, ele é cobiçado por muitos,encantados por suas linhas atraentes, seu conforto, seu desempenho e o status que proporciona. De 1999 a 2006, foi produzido no Brasil, o que contribuiu para seu crescimento. Mas, em 2007, foi substituído pelo A3 Sportback, de novo importado da Alemanha, e hoje é oferecido novamente com carroceria de duas portas, com motor 1.6 ou 2.0 turbo. Este último, zero-quilômetro, custa quase R$ 120 mil, um preço alto, que afasta muitos consumidores.
No mercado de usados, ele é um sucesso: há uma grande procura, que o torna um bom negócio também na revenda. O modelo 2006 com motor 1.8 turbinado de 180 cv, o mais potente da época, e câmbio Tiptronic está cotado na tabela FIPE/MOTOR SHOW por cerca de R$ 44 mil, o valor de um popular completo.
É claro que há um preço a se pagar por todo esse luxo: algumas peças são caras, mesmo nessa versão montada no Brasil (o motor turbo, entre outros componentes, ainda era importado). Mas, segundo o proprietário Fernando Folgosi, “a excelente posição de dirigir aliada a potência e o conforto compensam qualquer gasto”. Ele afirma que o seguro alto é o grande defeito do carro, mas justificável para um carro que, além de turbinado, é muito visado. Seu desempenho é o que mais agrada Alexandre Mendonça, dono de um há dois anos: “Já dirigi carros mais potentes, mas o A3 é mais divertido, pequeno e ágil.” Ele só trocaria o seu por um A3 novo, mas, como a diferença de preço é muito alta, seu próximo carro será outro A3 seminovo.
Vale consultar o programa Audi Qualified (www.audi.com.br). Feito para quem está disposto a pagar entre 10% e 15% a mais do que o cobrado no mercado para não ter dor de cabeça, o programa vende seminovos com 120 itens revisados, com garantia de um ano.
Os mecânicos consultados garantem que o carro não tem problemas crônicos. “Deve-se prestar atenção na suspensão e no freio, que podem dar problemas por desgaste dependendo do tempo de uso”, afirma Claudio da Silva Araújo, da oficina Speed Car. Além disso, é bom prestar atenção em peças eletrônicas, que costumam ter um alto custo de reposição.