Além dos novos CLA 45 AMG (leia aqui), GLA (na edição que está nas bancas) e Classe C (leia aqui), cuja versão Touring estreia no Salão, a marca alemã mostra uma série de novidades bem mais desejadas. Confira:

AMG GT

A apresentação do superesportivo teve direito à presença de Felipe Massa. O Mercedes-AMG GT é o substituto do modelo SLS, que foi lançado em 2010. Ele é o segundo carro totalmente desenvolvido pela casa Mercedes-AMG e debutou no último Salão de Paris, em outubro. Tudo nesse superesportivo foi pensado para oferecer o máximo de desempenho. Sua construção leve, feita 93% de alumínio, cooperou no peso de 1.540 quilos. Sob o capô, pulsa um motor V8 4.0 biturbo, montado na posição dianteira entre-eixos, que está associado a um câmbio de dupla embreagem e sete marchas, este montado junto ao eixo traseiro. Tal solução resultou em uma distribuição de peso perto do ideal: 47% na frente e 53% atrás.

São duas versões com potências distintas: GT de 462 cv a 6.000 rpm e 61 kgfm disponíveis de 1.600 a 5.000 rpm e a mais endiabrada, GT S, que despeja 510 cv a 6.250 rpm e oferece 66,2 kgfm entre 1.750 e 4.750 rpm. Em ambas as versões, o desempenho é de arrepiar. A GT faz de 0-100 km/h em 4 segundos e a GT S acelera da imobilidade aos 100 km/h em 3,8 segundos. A velocidade máxima é de 304 km/h na GT e de 310 km/h na GT S. Para deixar tudo ainda melhor, o motorista tem à disposição os modos de condução, que alteram os parâmetros do carro. São eles: “C” (Eficiência Controlada), “S” (Sport), “S+” (Sport Plus), “I” (individual), “M” (Manual) e o programa “Race” (apenas no GT S). A suspensão AMG Ride Control tem amortecedores controlados eletronicamente e podem ser configurados em três estágios: “Comfort”, “Sport” e “Sport Plus”. No GT S, para domar  seus 510 cv de potência foram instalados discos de freios dianteiros ventilados de 390 mm de diâmetro. As rodas dianteiras têm aro 19 e são vestidas com pneus 265/35, já as traseiras têm aro 20 com pneus 295/30. Para os brasileiros, a boa notícia é que o carro estará no País no primeiro trimestre do próximo ano. A avaliação completa você confere em nossa próxima edição (dezembro).

Mercedes-Benz S 63 AMG Coupé

O Classe CL agora se chama S Coupé. Não é um carro que você vá ver muito pelas ruas, mas é incrivelmente belo, com linhas que não o fazem parecer enorme como de fato é (tem mais de cinco metros de comprimento). Com o novo motor 5.5 biturbo de 585 cv e quase 100 kgfm de torque, atinge 100 km/h em apenas 3,9 segundos. Na comparação com o Classe S tradicional, abre mão de duas portas, mas mantém o luxo absoluto da cabine e as avançadas tecnologias de auxílio à condução. Já à venda por US$ 349.900 (R$ 850.000), O S 63 AMG Coupé é um dos carros mais belos do Salão. A carroceria é quase toda de alumínio.

 E 400

Já à venda por R$ 315.900, essa nova configuração do Classe E corrige uma “falha” na oferta para nosso mercado que existe há mais de um ano, quando essa geração foi lançada. Isso porque o E 250, com motor 4 cilindros turbo, “substituia” o 6 cilindros, e esse E 400 seria o substituto natural da versão com motor V8 – que passou a ser oferecido apenas nas versões cupê e blindada. Quem queria uma configuração intermediária do Classe E tinha que ficar com o “velho” E 350. Agora, com a adoção desse 6 cilindros biturbo de 333 cv e quase 50 kgfm de torque, esse certamente passa a ser o Classe E com melhor relação custo-benefício.

CLS

Se o CLS foi a inspiração para a criação do CLA, agora o CLA foi inspiração para a evolução do CLS: nessa nova geração, o que chama mais a atenção são os faróis e lanternas parecidos com os do irmão menor. O interior também mudou, e há novidades como os faróis de LED que ajustam continuamente os fachos de luz. As mudanças mais importantes, porém, estão na mecânica: a versão de entrada (CLS 400, R$ 349.900), como no Classe E, ganha um 6 cilindros mais moderno, de 333 cv (a versão V8, com câmbio de nove velocidades, a princípio não vem). No Salão, a marca preferiu destacar o esportivo CLS 63 AMG (foto), que mantém o motor 5.5 V8 biturbo e custa US$ 251.900 (R$ 615.000).

GLA 45 AMG

Já à venda por R$ 289.900, o novo Mercedes-Benz GLA já enfrentou aqui na MOTOR SHOW seus rivais na faixa dos R$ 130.000 (no mês passado, edição de outubro, que nos próximos dias estará disponível aqui no site). Agora, o futuro crossover nacional da marca aparece no Salão na apimentada versão AMG, já disponível por  R$ 289.900. O preço extra é justificado não apenas por ele oferecer mais tecnologia, rodas maiores, suspensão rebaixada e visual incrementado, com para-choques  e rodas exclusivas, além de bancos esportivos. Ao passar pela preparadora AMG, o crossover (que está mais para hatch do que para SUV) ganha o impressionante motor 2.0 turbo de 360 cv – como já havia acontecido com o hatch A 45 AMG do qual deriva. O valente 4 cilindros é suficiente para fazê-lo acelerar de 0-100 km/h em 4,8 segundos e atingir a velocidade máxima de 250 km/h. A transmissão é a mesma automatizada de sete marchas – mas aqui, além das borboletas para trocas sequenciais no volante, ganha uma alavanca tradicional no console (e não na coluna de direção). Seu principal rival é o Audi RS Q3, que já avaliamos na MOTOR SHOW de agosto (leia mais aqui). O GLA 45 AMG exibido no Salão tem uma pintura especial na lateral e acabamentos brilhantes: bons para um show-car, mas não deve ser vendido assim.