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FIAT 500C DUALOGIC R$ 73.000 ESTIMADO

O painel, acima à esquerda, é igual ao do modelo convencional, já comercializado aqui. No logotipo, a letra C deixa claro que se trata da versão conversível com capota de acionamento elétrico

O Fiat 500 você já conhece, mas o 500C é a novidade que deve chegar até o nal deste ano ao Brasil, importado da Polônia. Aqui ele deverá conviver com o novo 500 tradicional fabricado no México (mais detalhes na reportagem sobre o Salão de Detroit, nesta edição). O sobrenome C é uma abreviação para “cabriolet” – e essa é a maior novidade deste modelo, que avaliei na Europa. De Milão, na Itália, parti para um passeio de mais de 3.200 quilômetros. Subios Alpes, cruzei a França até a Espanha e, depois, cruzei os Pirineus, de onde segui de volta à Itália. Uma prova de fogo para o Fiat, que enfrentou temperaturas de 13oC negativos e altitudes acima dos 2.000 metros, além de estradas cobertas de neve. Quase uma tortura!

Para abrir a capota, de lona, basta apertar um botão: no primeiro toque, um terço da capota se abre; mais um toque e ela se abre quase toda, mantendo só o vidro traseiro; depois disso, segurando o botão, o vidro dobra.

Embora ela não invada o porta-malas quando aberta, o espaço no bagageiro é bem pequeno. Su ciente para as malas de quatro pessoas. Ou viajam dois com bagagem (parte no banco traseiro), ou quatro com uma mochila cada. Com a capota fechada, tanto o isolamento térmico (necessário no percurso realizado) quanto o acústico são excelentes.

Nas estradas retas e planas, o motor 1.4 de 100 cv (o mesmo do modelo vendido no Brasil) gastou pouco: a 120/130 km/h, fez mais de 14 km/l. Já as trocas de marcha eu deixava a cargo do sistema automatizado (Dualogic), que, nestas condições, trabalhava bem. Com a opção Sport acionada por um botão, o volante ca mais pesado e direto, e as respostas do acelerador, mais e cientes, além de, em retomadas, ele fazer menos reduções. Eu só desativava a opção nos percursos urbanos, para o volante mais leve facilitar as manobras.

Já nas estradas sinuosas, algumas cobertas de neve, o controle de tração me mantinha seguro. Mas, nessas condições, eu preferia trocar as marchas no modo sequencial, pois o 500C nem sempre fazia as escolhas corretas, deixando o carro solto nas curvas quando trocava de marcha na hora errada.

Torturado e aprovado, o 500C anda com conforto de carro grande e cabe em qualquer vaga. Além disso, é muito mais divertido que seu irmão de capota rígida.

Quando a capota está fechada, o carro é muito silencioso. Aberta, ela atrapalha a visibilidade pelo retrovisor interno, mas não invade o espaço do porta-malas

Ele pode até não ser um conversível puro, mas a ideia foi manter a identidade do antigo modelo (abaixo.). E, nisso, eles acertaram em cheio!