EMISSÃO DE CO2 193 G/KM MÉDIA ALTA PORSCHE CAYENNE S HYBRID R$ 113.000 SUGERIDO, EUA (US$ 67.700)

Andar na banguela para poupar combustível é uma prática comum, mas perigosa. Andar com o carro desengatado proporciona, em algumas situações, menor consumo. A Porsche fez algo parecido em seu primeiro híbrido, o Cayenne S Hybrid – ainda sem data para ser vendido aqui. É o modelo com menor emissão de CO2 de sua história: 193 g/km, quase o mesmo que um C4 Picasso 2.0.

O novo SUV é um full-hybrid paralelo, o que signi ca que roda usando só o motor a gasolina, só o elétrico ou ambos juntos. Funciona de maneira similar ao Fusion Hybrid: a até 60 km/h, pode se mover usando só o motor elétrico (43 cv). Acima dessa velocidade ou em acelerações, usa o V6 3.0 a gasolina (333 cv). Para máximo desempenho (afundando o pé no acelerador), usa os dois motores, gerando 380 cv e 59,1 kgfm a 1.000 rpm. Para comparação, o Cayenne S V8 tem 400 cv, mas “apenas” 51 kgfm a 3.500 rpm). Na prática, o V6 híbrido proporciona quase o desempenho do V8 e, o que é mais importante, com consumo bem mais baixo.

O sistema start/stop desliga o motor sempre que se para no trânsito. As baterias são carregadas com a energia das frenagens e com a força extra que o motor a combustão produz mas não usa (“enviada” ao motor elétrico, que a repassa à bateria). Mas a grande sacada da Porsche foi fazer um carro que se bene cia do sistema híbrido também na estrada. Normalmente, os híbridos são mais econômicos na cidade e, na estrada, funcionam como um carro comum, usando o motor a combustão (o elétrico só despeja força adicional).

Neste Cayenne, as coisas se invertem, e o consumo na estrada é mais baixo – graças à tal história da banguela. Na verdade, é mais que isso. O sistema não só desacopla o motor a combustão da transmissão como o desliga totalmente se você estiver a até 156 km/h. Basta tocar no acelerador para tudo voltar ao normal. Em um test-drive em São Paulo, comprovei a sutileza e a e ciência do sistema. Depois de 100 km, ele marcava 12 km/l. Para seu porte, um bom número, embora não impressionate. De qualquer forma, bem engenhoso.

A tela central do painel mostra o fluxo de energia, a carga das baterias e qual dos motores está sendo usado

Por dentro, o mesmo requinte da versão convencional. Bancos em couro claro, acabamento imitando madeira e detalhes cromados. Na lista de equipamentos, sistema multimídia com telas para que vai no banco traseiro