08/05/2020 - 12:57
Nos últimos anos, o segmento de SUVs no Brasil foi dominado pelos modelos da Jeep, Renegade e Compass. Mas, hoje, a liderança é disputada por Renegade, Chevrolet Tracker e VW T-Cross. O modelo da Volks chegou no ano passado e cresceu rápido. Mas, considerando custo e benefício, qual é a melhor versão do VW T-Cross?
O CARRO
No último Qual a melhor versão?, falei do Toyota Corolla (leia aqui). Lá eu disse: “Muito pai de família ainda prefere um bom e confiável sedã como o Toyota Corolla, com porta-malas generoso e baixo consumo comparado a um SUV compacto da moda”. É o meu caso. Não vejo necessidade de um SUV, exceto por, muito raramente, de um 4×4 pra encarar aventuras – para o qual o T-Cross não serviria.
O principal rival é o Jeep Renegade, o líder de vendas (leia aqui), com muito mais charme e cara de SUV – e até versão 4×4 a diesel, porém bem mais cara (a partir de R$ 141.990). Mas, pelo conjunto da obra, foi eleito Compra do Ano 2020 foi o T-Cross (leia aqui).
Para quem já escolheu o VW T-Cross, qual é a melhor versão? Vamos lá…
VERSÕES E PREÇOS
Os preços do VW T-Cross, conforme o “monte seu carro” vão de R$ 88.790 a
R$ 132.560
VW T-Cross 200 TSI
A versão de entrada é o VW T-Cross 200 TSI, vendida ainda abaixo dos R$ 90 mil: exatos R$ 88.790. Tem o mesmo motor 1.0 com 128 cv e 20,4 kgfm dos irmãos Polo e Virtus de quase todos as demais versões, exceto a topo de linha 1.4. Ela dá conta do recado, e muito bem (leia aqui a avaliação completa dele). Mas esse T-Cross de entrada tem câmbio manual. A embreagem é meio pesada, mas a caixa é ótima, como de costume nos Volks. São seis marchas, alavanca de curso curto e direção e suspensões muito bem acertadas. A dirigibilidade fica mais próxima da de um hatch do que de um SUV, o que é bom e ruim. Para quem gosta de carro manual, uma oferta única de SUV turbo e manual, uma joia.
A versão de entrada não é tão pelada. Já tem o básico – ar, direção, etc, – e, ainda, itens como airbags laterais e de cortina, assistente de partida em subidas, banco traseiro bipartido, direção com ajuste de altura e profundidade, ESP com bloqueio eletrônico do diferencial, faróis de neblina com luz de conversão, rodas de liga leve aro, sensores crepuscular e de de estacionamento traseiros, som com USB e volante multifuncional.
Se quiser seis alto-falantes (quatro dianteiros e dois traseiros) e central multimídia básica como a da foto acima – mas já bem melhor que o som básico, boa, com tela touch de 6,5”, conectividade Android/Apple, câmera de ré, sensores de estacionamento. Imagino que vá querer, mas aí morrem mais R$ 1.750, levando o preço a R$ 91.175. Só com a carroceria na cor preta, se não paga mais.
Agora, se você quiser câmbio automático – a maioria quer –, o VW T-Cross automático 200 TSI ainda custa menos de R$ 100 mil: começa em R$ 96.590. Além da transmissão sequencial de seis marchas com opção de trocas manuais, já vem com a central multimídia boa de série. Mas câmera de ré, retrovisores elétricos e sensor de estacionamento dianteiro são opcionais: R$ 1.590, levando o preço a R$ 98.810.
VW T-Cross Comfortline 200 TSI
A versão acima é o VW T-Cross Comfortline 200 TSI, que custa R$ 110.260. A mecânica é a mesma, mas à lista de equipamentos se somam o tão desejado painel digital e, ainda, ar-condicionado digital automático, acabamento mais caprichado, câmera de ré, retrovisores elétricos, volante em couro com aletas para trocar marchas, Iluminação ambiente em LED, indicador de controle da pressão dos pneus, manopla da alavanca de câmbio em couro, piloto automático, seletor de modo de condução, além de sistema de som touchscreen “Discover media” e chave presencial.
Os opcionais são o pacote de teto panorâmico – por R$ 5.010, além do teto, tem luzes de leitura dianteiras, retrovisor interno eletrocrômico e sensores crepuscular e de chuva. O outro melhora o acabamento e adiciona couro nos bancos bancos e freios de mão por R$ 2.015. Com tudo, o VW T-Cross Comfortline sai por R$ 117.305.
VW T-Cross Highline 250 TSI
A versão topo de linha é o VW T-Cross Highline 250 TSI, que custa R$ 118.660. A diferença para o Comfortline é pequena, considerando o que tem a mais. O motor maior, 1.4 turbo de 150 cv e 25,5 kgfm, sozinho, já justificaria quase toda a diferença para o Comfortline completo. Mas ainda vêm junto com ele, de série, pela diferença no preço, bancos de couro, detalhes cromados, retrovisor eletrocrômico, sensor de fadiga, sensor de chuva, start stop, entre outros.
Como opcionais, o VW T-Cross Highline tem o pacote de teto panorâmico (Mesmos R$ 5010 do Comfortline, mas não soma os itens que já são de série) e o quase dispensável pacote de R$ 6.280 com assistente de estacionamento, faróis Full LED com DRL em LED, regulagem automática do facho do farol e som premium com subwoofer “Beats sound”.
ESCOLHA DO BLOG
Afinal, qual é a melhor versão?
A versão de entrada, adicionada do multimídia, é uma bela compra ainda na faixa dos R$ 90 mil. Fica devendo pouco, é bastante econômica e divertida de guiar. Em teoria, o blog ficaria com ela. Mas, se for para escolher uma versão automática, como todos querem hoje, posso garantir que a versão 200TSI, sem apelido, já entrega tudo que você precisa. Seja manual ou automática, são as opções mais racionais.
Se você puder gastar mais que R$ 100.000, a Comfortline traz painel digital e outros itens bacanas de conforto e conveniência. Mas este blog não a recomenda mais: por R$ 8.400 de diferença, você leva mais equipamentos e, principalmente, a mecânica superior. Vale muito a pena.
Portanto, a escolha do Blog Sobre Rodas é:
Desconsiderando a versão manual até porque vai ser bem difícil de revender depois. o Blog Sobre Rodas, no fim, vai ter que deixar duas escolhas: o VW T-Cross 200 TSI Automático para quem quer a melhor relação custo benefício e o VW T-Cross Highline 250 TSI para quem busca um carro mais rápido e equipado. E, já que é para gastar quase R$ 120 mil, adicionaria o teto panorâmico, por R$ 5.000 a mais. Não faz tanta diferença.