A pandemia do coronavírus, e o “novo normal” que vem depois dela, aparecem como possíveis novos obstáculos ao uso de carros compartilhados. Este era um caminho no qual seguíamos bem acelerados, principalmente em países desenvolvidos. O carro compartilhado é o carro que não se tem, mas apenas se usa. Você paga uma taxa por hora nos locais permitidos depois de usar. Pode ser um carro normal, como hoje, ou, futuramente, autônomo. 

carros compartilhados
É comum na Europa o compartilhamento de carros. Os carros compartilhados ainda podem circular em áreas restritas

Neste exato momento, por causa da pandemia da Covid-19, entrar em um Uber já é um problema. Tem o motorista, outras pessoas já sentaram no banco traseiro. Já tocaram o cinto, a fivela do cinto, a maçaneta interna da porta, a externa, a própria porta… tudo pode contaminar. E sabemos que o novo coronavírus sobrevive por dias, em diferentes superfícies.

Assim, para garantir a limpeza e evitar contaminações, agora as pessoas tendem a querer seus próprios carros. Pesquisas nos EUA já começam a apostar uma volta imediata do interesse dos millenials por carros. No Brasil, pesquisa do Instituto Ipsos mostrou que  30% dos entrevistados estão mais propensos a comprar um carro depois da crise da Covid-19 do que estavam antes dela.

Questão de  higiene. Com seu próprio carro, você tem controle total. Sem dividir um automóvel com estranhos, o risco de contaminação no carro acaba. E saiba que não é fácil entrar em um carro compartilhado e “passar um álcool” para evitar a Covid-19. Afinal, não se pode a toda hora fazer o trabalho de higienização (leia aqui).

EM BUSCA DE SOLUÇÕES

Já há quem pense na situação para vender mais carros urbanos e individuais, como  carro acima, o curioso Solo (leia aqui). Com tração traseira e 55 cv, ele pesa 775 kg e mede 3,09 m de comprimento por 1,46 m de largura e 1,34 m de altura. Há também algumas marcas já desenvolvendo “cabines” especiais que separam motorista e passageiro, como nesta minivan abaixo, uma Honda Odissey.