Acima, a brasileira Bia Figueiredo, que já correu no Brasil no ano passado.

No dia 1º de maio, a cidade de São Paulo recebe a segunda edição da Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, prova que marca a quarta etapa do campeonato mundial IZOD IndyCar Series. No grid, este ano, estarão três mulheres: a americana Danica Patrick, da equipe Andretti Autosport, a suíça Simona de Silvestro, da HVM Racing, e a brasileira Bia Figueiredo, da Dreyer & Reinbold Racing. Nenhuma delas é novata no automobilismo. Danica começou na categoria em 2005 e impressionou os fãs do esporte com excelentes colocações, vitórias em corridas e um quinto lugar no campeonato de 2009. Simona está em sua segunda temporada na Indy e, no ano passado, em São Paulo, largou em 11o lugar, mas chegou a liderar a prova em algumas voltas. Bia também marcou presença no circuito brasileiro em 2010. Foi sua estreia na Indy – mas apenas este ano ela conseguiu patrocínio para o campeonato completo.

A presença de mulheres na categoria certamente não é uma novidade, mas é algo que sempre chama a atenção, até por conta da di culdade e da exigência física do campeonato. O carro de 600 quilos é equipado com um motor Honda V8 de 3,5 litros aspirado, movido a etanol, que desenvolve 650 cv de potência. Guiar essa máquina a 300 km/h exige um preparo de atleta olímpico. No caso da prova de São Paulo, as di culdades são ainda maiores por se tratar de um dos traçados mais difíceis nesse sentido. “A pista de São Paulo castiga muito o piloto”, disse o piloto Tony Kanaan. “Nos mistos, principalmente pelo fato de o nosso carro não ter direção hidráulica, o piloto precisa ter especial força nos braços para suportar 100 ou mais voltas de esforço intenso. E não pode cansar, se não a concentração e a performance caem vertiginosamente. Esse é o caso da pista de São Paulo”, alerta o piloto Hélio Castroneves.

À sua direita, de verde, a americana Danica Patrick; e, ao lado, a suíça Simona de Silvestro

Para a brasileira Bia Figueiredo o desa o será ainda maior. Na estreia dessa temporada, na corrida de Saint Petesburg, na Rússia, ela fraturou o punho direito. Depois de uma cirurgia, ficou uma prova afastada da Indy e retornou às pistas na terceira etapa, em Long Beach (EUA). Na prova em que se machucou, a piloto ainda correu 96 voltas depois de ter fraturado o osso. Alguém duvida de que a piloto tenha garra para superar mais esse desafio?