Amanhã (24) completam-se cinco anos desde que o sertanejo Cristiano Araújo morreu em um acidente de carro na estrada entre Itumbiara e Goiânia. Ele voltava de um show quando seu carro saiu da BR-153 e capotou. Tinha 29 anos e apenas um disco de estúdio gravado, mas era um tremendo sucesso.

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Don McLean escreveu seu hino American Pie para lembrar “o dia que a música morreu”, o 3 de fevereiro de 1959, data do acidente aéreo que matou Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper. Os três estavam em turnê pelos EUA e haviam fretado um pequeno avião para depois de um show em Clear Lake, Iowa.

Sempre que uma carreira é interrompida, a licença poética permite parafrasear McLean. Sempre que uma carreira é interrompiada em um acidente de carro, como a de Cristiano Araújo, é possivel dizer que este foi o dia em que a música morreu na estrada. E, desde sempre, a música morreu em muitas ocasiões.

Quando a música morreu na estrada brasileira
Apenas no Brasil, imprudência ou fatalidfade mataram dezenas de ídolos da música. Chico Science em 1997, Gonzaguinha em 1991, Gabriel Diniz (do mega-master-blaster-hit Jenifer) no ano passado. Isso sem contar as duplas João Paulo (e Daniel), e Claudinho (e Buchecha).

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Quando a música morreu na estrada estrangeira
A situação não melhora lá fora. O Metallica perdeu seu baixista (e gênio musical) Cliff Burton na Suécia em 1986. Os Allman Borthers perderam dois de seus fundadores (Duane Allman e Berry Oakley) em dois anos consecutivos, quando ainda estavam curtindo o início do sucesso. Ambos em acidentes de moto, a 3 quadras de distância um do outro.

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A morte precoce e acidental de um ídolo humaniza. A intensa cobertura da imprensa (retroalimentada pela curiosidade de uns, interesse de outros, histeria de alguns) acaba por trazer o ídolo de volta aos mortais. E essa mortalidade escancara as fraquezas, medos. Nelas vemos que o ídolo era apenas mais um de nós.