01/09/2011 - 0:00
Ter um cartão de crédito é como ser sócio de um clube: paga-se a anuidade que a empresa determina e obtêm-se vantagens. Além de ter o financiamento pré-aprovado para despesas diárias, é comum os clientes serem inscritos em programas de benefícios, que aumentam proporcionalmente ao seu gasto mensal. O resgate dos pontos obtidos pode ser feito na forma de milhas aéreas ou em cupons de desconto para o pagamento de produtos ou serviços.
Já quem possui um cartão associado a uma montadora pode fazer uma grande economia na compra ou na manutenção do automóvel, por exemplo. Esse cartão funciona da mesma forma que o de crédito comum, possui bandeira Visa ou Mastercard e é aceito nos estabelecimentos conveniados. A diferença é que os pontos adquiridos trazem vantagens relacionadas à marca do seu carro.
As montadoras Chevrolet, Fiat, Volkswagen, Ford e Mitsubishi possuem os seus. Todas elas, com exceção da Fiat, além de descontos na compra do carro zero, oferecem também um preço diferenciado na hora da aquisição de serviços e autopeças para o veículo. A Mitsubishi dá também benefícios para locação de carros, hotéis e passagens aéreas. Isso a deixa em vantagem, pois é a única que permite ao proprietário escolher usar o bônus para a compra do carro ou para passagens.
Os postos de gasolina Ipiranga e Shell também contam com esse tipo de cartão e dão descontos no combustível e, no caso do Ipiranga, também na loja de conveniência. As empresas de seguro SulAmérica e Porto Seguro oferecem seus cartões, e dão descontos na apólice do seguro, além de alguns outros produtos e benefícios (confira na tabela da página ao lado mais detalhes sobre os benefícios).
A empresária Lúcia Debiagi já conseguiu R$ 1 mil de desconto na compra de seu Fiat
“O ideal é concentrar suas compras em um cartão só para conseguir o maior bônus possível e diminuir a anuidade”, aconselha o consultor financeiro João Neumann. Outra dica é focar o seu objetivo antes de escolher o produto ideal para o seu caso. Foque a vantagem que mais lhe interessa. Se está querendo trocar o carro, vale a pena pegar um cartão de montadora; já se a ideia é diminuir as despesas com o automóvel, fidelidade a programas de seguradoras ou de postos de gasolina pode ser a melhor opção. “O consumidor deve olhar as tarifas, as taxas praticadas e os benefícios oferecidos”, garante Fernando Barbosa, superintendente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
Mesmo mantendo dois cartões, o que não é recomendado, inclusive por aumentar os gastos com anuidade, a empresária paulista Vera Lúcia Debiagi (foto ao lado) garante que juntar pontos vale a pena: “Já tive um desconto de R$ 1 mil na compra do meu primeiro Fiat zero quilômetro”, conta. Não é um valor alto, mas se ela tivesse pago suas despesas à vista, em cheque ou com o cartão de débito, não teria juntado esses R$ 1 mil de pontos. Os cuidados são os mesmos do cartão de crédito convencional. “Evitar pagar o valor mínimo e sacar dinheiro, por exemplo, pois os juros são altos”, explica. “Ligar para a central para pedir descontos na anuidade logo após o final do primeiro ano também é uma boa pedida”, finaliza.
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