EMISSÃO DE CO2 N/D g/km

SEM DADOS

COM ETANOL = ZERO

PEUGEOT 308

ESTIMADO / A PARTIR DE R$ 56.000

No momento em que apresentou o sedã 408, no início de 2011, a Peugeot tinha mais uma importante carta escondida na manga no segmento de médios. Paralelamente ao desenvolvimento do três volumes, a equipe brasileira já preparava a versão “latinizada” de seu novo hatch médio, o 308, com vendas programadas para março deste ano. Não se trata de um carro inferior àquele que já é oferecido aos consumidores europeus há anos, garantem os executivos. “O nosso modelo está até um passinho à frente”, afirma Frederico Battaglia, diretor de marketing da Peugeot. As melhorias a que ele se refere foram basicamente no desenho da carroceria. Para dar um ar mais jovial e robusto ao carro, os ins&#101rtos laterais deram lugar a uma lateral limpa, com maior destaque às duas linhas bem marcadas, de cintura e caráter. Na dianteira, o capô ganhou um vinco duplo que contorna o logotipo do leão (remodelado) e sobe até o para-brisa. Atrás, o cromado abandona a tampa do porta-malas e aparece no contorno dos extratores de ar, que ficaram parecendo duas saídas de escape, o que ressalta a esportividade..

Outra novidade do nosso 308 está na motorização. Além do propulsor 2.0 de 151 cv (etanol) que pode ser acoplado a um câmbio manual de cinco marchas ou a um automático de quatro velocidades, a marca apresenta seu novo motor 1.6. Apesar de a Peugeot afirmar que se trata de um novo propulsor, a unidade base é sim a 16V de 113 cv lançada aqui em 2002. Mas, segundo a marca, até mesmo o bloco passou por modificações para que se chegasse a um motor mais eficiente, com 122 cv de potência e 16,4 kgfm de torque. Segundo Eduardo Chaves, diretor da fábrica brasileira de motores, são 18 novos componentes. Entre os destaques desse novo propulsor estão a adoção do comando variável de válvulas na admissão, que garante o bom fluxo da mistura ar/combustível em baixas rotações, mais críticas para os motores 16 válvulas; o aumento da taxa de compressão de 11:1 para 12,5:1, que melhora diretamente a eficiência volumétrica e é responsável pelos melhores números de potência e torque; o uso de uma série de medidas para diminuição do atrito; e a opção por óleo de baixa viscosidade. Além disso, ele abandona definitivamente o tanquinho de partida a frio. A tecnologia desenvolvida pela Bosch, e já utilizada no VW Polo Bluemotion, tem um sistema de preaquecimento do etanol nos bicos injetores e dispensa o uso da gasolina nos dias mais frios. Assim que o motorista destrava a porta, o sistema começa a operar e, em cerca de quatro segundos, o carro está pronto para ser ligado.

As mudanças não foram radicais, mas são suficientes para deixá-lo mais robusto

Mas, apesar de toda a inovação, o novo motor não estava disponível para avaliação durante o nosso primeiro contato com o carro, em um trecho de cerca de 190 km, entre as cidades de Buenos Aires e Lobos (Argentina). O caminho foi feito em uma versão topo de linha, equipada com o mesmo conjunto mecânico do 307 e do sedã 408: motor dois litros e câmbio manual de cinco marchas. Um belo conjunto, aliás. O bom torque de 22 kgfm e as relações encurtadas das primeiras marchas garantem muita agilidade ao modelo, que esbanja força em baixas e médias rotações e retoma velocidade com vigor. Os engates são macios, as trocas são eficientes e o motor continua cheio a cada passagem. Bem agradável. O problema aparece na estrada, a 120 km/h, em quinta, quando o conta-giros ainda passa das 4.000 rotações e o ruído do motor incomoda, fazendo o motorista procurar uma sexta marcha. Se existisse, ela certamente garantiria mais conforto e menos consumo de combustível. Mas é tudo o que se ouve do habitáculo, já que o isolamento acústico é bem eficiente.

Se o 307 já era equilibrado, o 308 parece ter ficado ainda melhor, principalmente no que se refere ao conforto. Ainda tem comportamento neutro nas curvas e sofre apenas um pouco com os ventos laterais, fruto do gene de monovolume em seu DNA. O interior é amplo e o teto, que foi rebaixado, continua alto, com um “quê” de minivan. Apesar de o carro ter crescido, o entre-eixos não mudou e a largura é suficiente para quatro ocupantes com comodidade. A sensação de amplitude é favorecida pela grande área envidraçada e pelo teto Cielo, inteiramente de vidro. O porta-malas acomoda ótimos 430 litros.

O 307 se despede

O 307 é certamente o modelo Peugeot de maior prestígio junto ao consumidor brasileiro. Tem alto índice de recompra e qualificação positiva dos consumidores. Durante seus nove anos de vendas no Brasil, foram 75.000 unidades comercializadas

O acabamento é primoroso: couro, superfícies emborrachadas, detalhes em alumínio e desenho harmônico, praticamente idêntico ao do 408. Claro que estamos falando da versão mais cara, mas a marca garante que mesmo os carros de entrada vão manter um certo nível de sofisticação. Afinal de contas, estamos falando do substituto do 307, sem dúvida, o modelo da Peugeot de maior aceitação no mercado nacional e inserido em um segmento competitivo. Os pacotes e preços ainda não estão definidos, mas devem seguir a lógica do 408. O 308 Sedan chinês não será vendido aqui, mas a perua e a versão 1.6 turbo estão na fila.

Para o catálogo de entrada, com motor 1.6, podemos esperar ar-condicionado, direção hidráulica com ajuste de altura e profundidade, duplo airbag, freios ABS, travamento automático das portas, computador de bordo, CD player, rodas aro 16 e luzes diurnas de LED. A versão intermediária provavelmente já deve receber o motor 2.0 (manual ou automático), ESP, airbags laterais e de cortina, ar digital, GPS retrátil, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, piloto automático, comandos do rádio no volante e pedaleira de alumínio. No topo da gama, bancos de couro, ar bizone, sensor de estacionamento e rodas 17”. Os preços devem ficar entre R$ 56 mil e R$ 69 mil, com três anos de garantia e revisões com preço fixo.

Independentemente da versão, o modelo tem bom acabamento, painel emborrachado, detalhes cromados e encaixes benfeitos

Dependendo da versão de acabamento, os mostradores do painel terão uma moldura branca larga ou apenas a coroa nessa cor. O GPS é retrátil e quando o carro está parado fica escondido

Peugeot 308 2.0 Flex

MOTOR quatro cilindros em linha, 2,0 litros, 16 V, comando variável, flex TRANSMISSÃO manual, cinco marchas, tração dianteira DIMENSÕES comp.: 4,28 m – larg.: 1,81 m – alt.: 1,50 m ENTRE-EIXOS 2,608 m PORTA-MALAS 430 litros PNEUS 225/45 R17 PESO 1.371 kg ● GASOLINA POTÊNCIA 143 cv a 6.250 rpm TORQUE 20 kgfm a 4.000 rpm VELOCIDADE MÁXIMA não disponível 0 – 100 km/h não disponível CONSUMO não disponível CONSUMO REAL não disponível ● ETANOL POTÊNCIA 151 cv a 6.000 rpm TORQUE 22 kgfm a 4.000 rpm VELOCIDADE MÁXIMA não disponível 0 – 100 km/h não disponível CONSUMO não disponível CONSUMO REAL não disponível