Até o interior, em seus elementos básicos, lembra o da Captiva. Mas o acabamento é mais refinado, já que os alvos do Saab são outros importados de luxo, como Audi e BMW

A Saab está voltando ao Brasil. A montadora sueca, que pertencia à General Motors até o ano passado, foi vendida à holandesa Spyker, que anunciou planos de levar os modelos da marca aos maiores mercados mundiais. Entre os carros que chegam em breve está o 9-4x, um crossover feito no México sobre a plataforma da Captiva e do Cadillac SRX. “A plataforma é a mesma, mas o carro não”, despistou Victor Muller, CEO da Spyker Cars, em entrevista à MOTOR SHOW. “Um Saab é sempre um Saab”, afirmou. Na prática, apesar da diferença de acabamento e design, o 9-4x é praticamente idêntico à Captiva – e o motor 3.0 é o mesmo.

Fundada em 1938 como construtora de aviões militares, a Saab é uma das maiores fabricantes de caças do mundo. Sua história com automóveis começou dez anos mais tarde, com o modelo 92. Desde então, tem se destacado pela capacidade de inovação. É dela, por exemplo, o primeiro motor com taxa de compressão variável, o primeiro motor turbo com válvula de alívio, o encosto de cabeça ativo e o para-choque que absorve impactos sem se danificar.

Além do 9-4x, a marca comercializará sua linha de sedãs. Em busca de um representante local que tenha confiabilidade e tradição com marcas premium, é provável que conceda as operações brasileiras à mesma empresa que já representa a Spyker aqui. “Ainda não está definido, mas estamos sim em negociação com a Platinuss, de Natalino Bertin”, confirmou Muller. A ideia do executivo é iniciar as vendas ainda neste semestre. “Assim que foram concluídas as adaptações dos modelos à gasolina brasileira”, explica.

Os preços ainda não estão definidos, mas, tradicionalmente, os modelos da marca sueca são concorrentes de Mercedes, Audi e BMW – o que nos leva a crer que o 9-4x não custará menos que R$ 180 mil no Brasil.