Em setembro de 1994, quando o Brasil ainda chorava a morte do ídolo Ayrton Senna, ocorrida em maio, e o real começava a sustentar uma economia estabilizada, nasceu a revista MOTOR SHOW. Curiosamente, sua história teve início na edição 138. Mas parece que foi ontem! Há 20 anos a Editora Três transformou a revista Moto Show, que era especializada em motocicletas, em uma publicação voltada para o mundo dos automóveis. Ao longo dos anos ela se tornou uma referência indispensável para quem compra, vende ou coleciona carros no Brasil. Para comemorar duas décadas de cobertura automobilística, preparamos um especial que começa aqui e vai até a página 71. São três ensaios, reunindo 20 sonhos de consumo, 20 carros que zeram história nesse período e os campeões de venda das 20 marcas mais importantes do mercado brasileiro. 

A transformação do nome Moto Show em MOTOR SHOW foi uma sacada genial do editor Domingo Alzugaray, pois bastou acrescentar uma letra “R” para que nascesse uma nova revista, mas com a vantagem de manter a numeração e, dessa forma, chegar às bancas com o selo de credibilidade do Instituto Veri cador de Circulação (IVC). A mudança de área era plenamente justi cável na época, pois o mercado de motos estava em crise, enquanto o de automóveis respirava os novos ares da abertura do mercado para as importações – medida que posteriormente se mostrou acertada, pois hoje o Brasil reúne mais de 40 marcas fabricando ou importando veículos. Para se ter uma ideia, a indústria automobilística vendia 1,5 milhão de carros e comerciais leves em 1994 e atualmente está na casa de 3,6 milhões.

A estratégia de lançamento da MOTOR SHOW também foi ousada. Junto com a capa que exibia uma Ferrari 348 Spyder e a sua feliz proprietária, a colunista Joyce Pascowitch, o leitor ganhou de brinde um boné com o logotipo da revista. Dessa forma, MOTOR SHOW já estreou com uma alta venda em bancas, o que rapidamente trouxe vários anunciantes. Nos primeiros meses a revista manteve sua fórmula de colocar uma personalidade na capa, como na edição 144, com o tricampeão Nelson Piquet ao lado de dois esportivos alemães até então inacessíveis aos brasileiros: Mercedes-Benz C 36 AMG e BMW M3. Outra característica dos primeiros tempos da MOTOR SHOW é que seu logotipo mudava de cor. Na edição 158, por exemplo, com o Ford GT90, o logo era azul. Somente mais tarde ele foi xado nas cores vermelha e branca. Em 2007, passou a utilizar o logotipo que vigora até hoje. 

Com o crescimento do mercado brasileiro, MOTOR SHOW abandonou a fórmula inicial de mostrar celebridades na capa e passou a destacar somente os carros. Mas um novo elemento editorial já estava inserido na revista: a busca por segredos de fábrica. Dezenas de edições trouxeram em primeira mão modelos que só seriam lançados mais tarde. Essa receita permanece viva na equipe da redação. Para além disso, a revista foi se aprimorando visualmente, também em função das novas tecnologias de editoração, e hoje MOTOR SHOW tem um projeto grá co leve e atualizado. Cada reportagem é diagramada de forma a mostrar todos os ângulos dos carros, com uma massa de texto que permite ao repórter se aprofundar na análise, mas sem excesso de palavras para não tornar a leitura cansativa. Elementos grá cos como tabelas, quadros, selos e ícones também são frequentemente utilizados para dar ao leitor mais informação de fácil assimilação. O atual projeto grá co estreou em 2007 e continua sendo aprimorado a cada edição. Foi nesse ano também que a revista passou a utilizar selos coloridos para identi car os níveis de poluição e e ciência energética dos carros e a dar o preço de cada veículo avaliado já na página de abertura de cada reportagem. “Não tenho dúvidas de que a MOTOR SHOW é o canal perfeito para A edição 368 revelou os carros que ganharam o selo Compra do Ano circulação: 111.889 exemplares A edição 320 trouxe a primeira prova que apontou O Carro Mais Econômico do Brasil, por meio de aferição real da revista. O teste foi repetido na edição 370 quem busca informação útil sobre os carros que estão ou estarão em nosso mercado”, a rma o diretor editorial Carlos José Marques. “E com credibilidade, pois isso está no DNA da Editora Três.” A receita que junta segredos, mercado e avaliações resultou em iniciativas que os leitores frequentes (79% da circulação paga da revista) certamente se recordam. Um exemplo disso foi a edição 211, que trouxe o superteste 24 Horas de MOTOR SHOW, feito no circuito de Interlagos, em São Paulo. Ainda na parte de testes úteis para os leitores podemos citar O Carro Mais Econômico do Brasil, publicado nas edições 320 e 370. O dossiê Compra do Ano, que envolve a análise minuciosa dos detalhes de todos os carros até R$ 150.000, é realizado anualmente. O primeiro foi na edição 368, com a aferição de diversos itens de pós-venda e tecnologia de 258 versões. Os vencedores recebem um selo que podem ser utilizados durante um ano em seus materiais publicitários. 

Desde 1997 MOTOR SHOW mantém um acordo editorial com a tradicional revista italiana Quattroruote para publicação de seu material no Brasil. Isso mantém os leitores em dia com as principais novidades tecnológicas da Europa. Por falar em tecnologia, vale destacar a reportagem O Futuro Sobre Rodas, que saiu na edição 359, apresentando as mudanças que ainda virão por aí. Os leitores adoram essas antecipações de mercado, tanto que a edição 348, que trouxe na capa “o Mercedes de R$ 90 mil”, em março de 2012, detém o recorde de circulação paga, com 111.889 exemplares vendidos (bancas e assinaturas), segundo o IVC. 

Estamos felizes por tê-lo como nosso leitor e honrados por sermos sua revista de carros preferida. Agora é só virar a página e conhecer os 20 carros que selecionamos como sonho de consumo. Quem sabe se um deles já não é o seu… ou será algum dia.