O interior ganhou so sticação com a reestilização, mas o carro tem poucos itens de série. Equipado, ele chega perto do preço do 1.6. Aí não vale a pena!

O ponto mais importante da recente renovação do Fox não foi o design. Ele já estava há muito tempo sem mudanças e precisava adotar a “nova cara” da marca. E ficou mais bonito, também não se pode negar. Mas é ao entrar no carro que se vê a maior evolução. A porta é revestida com tecido, os instrumentos têm iluminação mais sofisticada e tamanho respeitável, o porta-luvas agora tem tampa… enfim, tudo que era problema na primeira geração agora foi solucionado, e muito bem. As versões mais completas, Prime, com motor 1.6 e até com câmbio automatizado você já viu aqui. Agora, temos a versão básica, com motor 1.0 – com a qual a esmagadora maioria de consumidores sai das concessionárias, por sinal.

De série, pelo preço sugerido de R$ 30.850 para o modelo com duas portas, oferece pouco: computador de bordo, direção hidráulica, portas com revestimento em tecido e belas calotas com rodas 15″. Entre os opcionais, vale a pena investir no “módulo flexibilidade”, que, por R$ 732, traz banco traseiro bipartido e deslizante (que permite aumentar a capacidade do porta-malas em quase 100 litros, mas acaba com o espaço para as pernas no banco traseiro), e, para quem preza pela segurança, o combinado airbags e freios ABS, por interessantes R$ 2 mil.

Depois de encontrar uma boa posição ao volante (o que é fácil), é hora de acelerar. Se os carros 1.0 atraem pelo baixo custo e baixo consumo urbano, é na hora de pegar estrada que eles decepcionam. Se seu uso é principalmente rodoviário, o consumo não será tão baixo assim e as ultrapassagens, perigosamente lentas. Vale a pena investir mais em um modelo 1.6. Não que seu motor seja pior que os dos rivais populares. O Fox, aliás, consegue responder bem sem que seja necessário rodar sempre em rotações altíssimas, como é comum nos propulsores 1.0.

Mas o motor ser bom (para um carro 1.000, repito) não é tudo. Com os problemas que apareceram nos motores da Volks, principalmente nos 1.0, a partir de outubro do ano passado, é bom ficar atento. A qualquer sinal de problema, não demore em procurar uma concessionária e, se quiser car ainda mais sossegado, tente pular para o modelo 1.6. Seu sacrifício certamente será recompensado.