01/12/2009 - 0:00
No lugar dos câmbios automáticos, os automatizados. Eles têm conquistado cada vez mais espaço no mercado brasileiro – e também mundial, por dois motivos: primeiro, pelo custo mais baixo na comparação com os automáticos tradicionais; segundo, pelas vantagens técnicas, como consumo e manutenção mais baratos.
Entre os modelos mais em conta, a Chevrolet, com o Easytronic, e a Fiat, com o Dualogic, chegaram primeiro. Já o da Volks, batizado de I-Motion, chegou em setembro no Polo e, agora, começa a ser vendido no Novo Fox (leia nesta edição), no Gol e no Voyage, que você vê aqui. Para estes dois modelos, o câmbio I-Motion vem apenas com o motor 1.6: Gol (R$ 34.605), Gol Power (R$ 38.695), Voyage (R$ 37.090), Voyage Trend (R$ 39.620) e Voyage Comfortline (R$ 41.265).
São preços atraentes (embora as versões mais baratas venham “peladas”), que devem incomodar a concorrência, principalmente devido à sua qualidade, bastante superior. O sucesso dos automatizados não é apenas questão de custo. Se fosse, a tecnologia não seria adotada em Porsche 911 e Lamborghini Gallardo, entre outros.
O automatizado é melhor por não usar conversor de torque, responsável pela perda de uma parte da força transmitida do motor para as rodas e por um maior consumo. Em vez disso, é similar ao câmbio manual, usando um “robô” (por isso também chamado de robotizado) para “pisar” na embreagem e efetuar as trocas.
O problema é que este “robô”, em alguns casos, é meio lento e um tanto estabanado – irritando o motorista com trancos, indecisões e demora nas trocas. Nos modelos caros e esportivos, o uso de duas embreagens soluciona – e muito bem – essa deficiência.
O próprio DSG, dos Volks importados e dos Audi, é um exemplo de automatizado (muito) melhor que automático. Este ASG, que se inspirou e copiou – dentro do possível, pois usa apenas uma embreagem – o DSG, tem um robô bem “espertinho”.
Além disso, o motor tem bom torque desde as baixas rotações e, para reduzir os trancos, a segunda, a terceira e a quarta marchas foram alongadas. Resultado: o sistema funciona com mais suavidade – e rapidez, quando se usam as borboletas (opcionais) no volante ou a própria alavanca para fazer trocas sequenciais.
A prova de sua eficiência está nos dados de desempenho: de zero a 100 km/h, o I-Motion é apenas 0,5 segundo mais lento que o modelo com câmbio manual. Ah, se robôs rissem…