Não se preocupe se você precisou ler as legandas para descobrir o que há de novo neste smart. As mudanças foram mesmo sutis. A ideia foi introduzir leves alterações apenas para garantir a sobrevida do ultracompacto até a chegada de sua terceira geração, em 2014. “Esses acertos não comprometeram a identidade do modelo e seus preços não sofreram acréscimos”, explica Glauci Toniato, gerente de marketing da divisão de automóveis Mercedes-Benz do Brasil. Os valores iniciam em R$ 52.500 e chegam a R$ 72.900 na versão cabrio tritop. Dos três catálogos disponíveis aqui, 60% do mix corresponde à mhd (micro hybrid drive), avaliada.

Com um metro a menos que Mini Cooper e Fiat 500, andar no smart é sempre uma experiência única. Essa versão de entrada é menos divertida que os modelos turbo. Mesmo assim, por conta do baixíssimo peso, mostra um desempenho surpreendente para um 1.0. Quem atrapalha é a transmissão automatizada de cinco marchas, com trancos excessivos e lentidão nas passagens ou reduções. O mhd é o único da família com o start-stop, que desliga o motor tricilíndrico durante breves paradas. O sistema, que pode ser desativado, ajuda a economizar e, segundo a marca, a obter médias de até 21 km/l. No entanto, a vibração do motor religando incomoda. Assim como as suspensões, projetadas para rodar no asfalto europeu. Firmes demais, elas sofrem com o nosso piso e comprometem o conforto.

Por dentro, ele também mudou. Conservou a boa amplitude e a posição de dirigir elevada, mas as versões cabrio e coupé estrearam novos tecidos de revestimento – preto, bege e vermelho. No mhd, mais básico, a padronagem se manteve preta. As unidades turbo ganharam ainda uma nova central multimídia com tela de 6,5” que pode ser operada por toques: traz bluetooth, GPS, entradas para cartões SD e auxiliares no porta-luvas. Outra novidade é o indicador de funcionamento do airbag do passageiro, que foi deslocado para acima do retrovisor.

 

Externamente, a versão topo de linha, cabrio tritop, pode vir com opção de capotas em vermelho – já existente no último facelift – ou azul, uma novidade do modelo 2013. A iluminação diurna de LEDs recebeu novo formato e é outra exclusividade dos carros mais caros.

No Brasil há três anos, a marca já vendeu quatro mil unidades do modelo. Agora, a estratégia comercial vai utilizar o conceito shop-in-shop, que levará os smart centers (revendas independentes) para dentro das concessionárias Mercedes, reduzindo os custos de operação e aumentando a visibilidade. Além disso, a marca prevê a abertura de mais três pontos de venda até o m do ano.