29/05/2013 - 15:50
No universo automotivo, uma reestilização tradicional muda mais a cara do que o conteúdo. Por isso mesmo, costuma ser chamada de face-lift. No caso desse Freelander 2, a Land Rover fez tudo de um jeito diferente. Há algumas diferenças visuais externas, mas é dentro da cabine que a mudança foi mais substancial. Há também novidades mecânicas. Percebê-las, no entanto, depende da capacidade de observação e do nível de intimidade que cada um tem com o carro. Tudo dentro da filosofia de discrição britânica apregoada pela marca.
Apenas os mais atentos notam as modificações no exterior: além de novas cores, como azul e verde, o SUV ganhou discretas mudanças nos para-choques e novos conjuntos de faróis e de lanternas, com desenho diferente e o uso de LEDs (inclusive diurno). Dentro da cabine, por outro lado, até os menos observadores vão notar as diferenças. No lugar do volante antigo, está o mesmo do Discovery, com materiais mais nobres e mais botões. O painel de instrumentos também foi herdado do irmão: entre o velocímetro e o conta-giros existe uma tela colorida em substituição à antiga, monocromática. Além disso, há partida sem chave e o novo sistema multimídia reúne GPS e som Meridian. Apesar de estar em português, os comandos de voz só funcionam em inglês. Mas, como tudo é fácil de usar na tela touch-screen, isso não incomoda. Para completar, a alavanca do freio de estacionamento foi substituída por um botão e o ajuste giratório de controle do Terrain Response deu lugar a botões.
Os que gostam de dirigir vão se divertir mais na versão a gasolina. O antigo 3.2 seis cilindros deu lugar ao 2.0 turbo quatro cilindros do Evoque, com 240 cv, que garante desempenho superior gastando menos. Se seu negócio é o off-road, vai preferir essa versão a diesel. Vai ter que se conformar com o fato de que, além de mais cara, é bem mais barulhenta. Mas será compensado pela força extra. Esse valente 2.2 é o mesmo já usado no modelo 2012, com 42,8 kgfm a 1.750 rpm. Há um certo retardo nas respostas ao pé direito, mas seguido de progressividade e de uma ótima combinação com o câmbio sequencial de seis marchas, rápido e suave. No mais, a direção hidráulica continua leve e as suspensões, ruidosas.
O melhor é que a evolução não pesou para o cliente. Os preços pouco mudaram: as versões a gasolina custam de R$ 150 mil a R$ 194 mil, enquanto as a diesel ficam entre R$ 179.505 (Dynamic) e R$ 199.633 (a HSE avaliada).