Renault Zoe não é uma novidade. Ele tem algum tempo de estrada (foi lançado em 2013), mas continua agradando pela dirigibilidade livre de poluentes. O propulsor elétrico é alimentado por bateria de íon de lítio (são 88 cv de potência e 22,4 kgfm de torque à disposição do motorista desde a partida) e atua em conjunto com o câmbio automático de duas marchas (uma à frente e uma à ré). Dirigir o Zoe é uma experiência curiosa – ao volante, o silêncio é absoluto. Esse conjunto motor-câmbio assegura boas acelerações, fazendo o Renault ecológico deslanchar sem precisar de muito esforço. 


Durante nossa experiência com o Zoe, a maior dificuldade foi encontrar postos de recarga. Na maior cidade do País só existem dois

Ao tirar o pé do pedal do acelerador ou frear, o sistema regenera a energia para a bateria. Tudo isso pode ser acompanhado pelo gráfico exibido na tela da central multimídia ou pelo quadro de instrumentos digital, que é configurável. Dirigindo de maneira comedida, dá para percorrer entre 120 e 130 quilômetros sem necessidade de recarga. Para abastecer o Zoe, é preciso ir a uma estação de recarga. Segundo o fabricante, é necessária uma hora e meia para completar 100% da carga. Contudo, o problema maior está no pequeno número de pontos existentes.


Com tantos instrumentos mostrando a economia de energia, o motorista acaba tirando o pé para o sistema recarregar a bateria. O interior é simples e o câmbio tem duas marchas: para frente e para trás

Em São Paulo, onde rodamos com o carro, são apenas dois. As suspensões do Zoe são independentes na dianteira e com barra de torção na traseira. A calibração agrada pelo conforto, mas sem comprometer a dinâmica nas curvas – embora seu foco não seja a esportividade. Por dentro, a cabine deste Renault elétrico tem acabamento simples, porém com materiais de qualidade. Além disso, dois adultos se acomodam bem no banco traseiro. O Zoe não é vendido no Brasil por falta de incentivos fiscais. Caso fosse, seu preço ficaria em torno de R$ 200.000.