O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, afirmou em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 8, que muitos investimentos que seriam realizados no Brasil e na Argentina podem deixar de existir, após o tarifaço de Trump, como efeito indireto.

O motivo é que as montadoras deverão aproveitar a capacidade ociosa que se formará das plantas do México e transferir a produção de alguns produtos de outros países para lá. A Anfavea ainda não tem uma estimativa sobre quanto o nosso mercado será impactado.

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Cenário do México

Os Estados Unidos criaram uma tributação de 25% para todos os modelos que chegam por lá importados. Logo, parte dos fabricantes que produzem no México devem redirecionar alguns veículos para o território estadunidense.

O México é o maior exportador de carros dos EUA, com 3,2 mil unidades por ano (73% da produção mexicana), enquanto seu mercado local é menor que 2 milhões de unidades.

“Uma vez que terá uma queda dessas exportações para os Estados Unidos, o México mandará veículos para onde? Para os países onde ele tem acordo de bitributação ou de tarifa zero, como é o Brasil”, afirmou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.