O mercado nacional crescia em uma razão que impressionava. Até que a crise financeira mundial aportou por aqui e jogou um balde de água fria nos números otimistas com os quais a economia nacional vinha trabalhando. Nos meses de outubro e novembro, o mercado de carros usados andou devagar. A falta de crédito para financiar as vendas a prazo nesse período, somada às altas taxas de juros (com pouca oferta de dinheiro, é natural que o “preço” do dinheiro suba…) e às incertezas do consumidor (“será que no futuro terei meu emprego para honrar o compromisso da compra de um carro?”) culminaram com a marcha lenta do mercado. Mas houve a providencial reação do governo federal, através do Banco do Brasil, e do governo estadual de São Paulo, por meio da Nossa Caixa. Juntos eles anunciaram um aporte de R$ 8 bilhões ao mercado que financia a venda de carros para, dessa forma, baixar as taxas de juros e assim aquecer as vendas. Com essa polpuda massa financeira somada aos recursos oriundos do décimo terceiro salário que começa a circular em dezembro, espera-se uma boa recuperação do setor, tanto de carros novos quanto o de carros usados.

As conseqüências dessas providências dos governos devem reverter os resultados tímidos do comércio. O mercado agora é bom para quem tem dinheiro para compras a vista: os descontos são tentadores. Se você sonha com um carro, seja ele novo, seja usado, e tinha programado essa troca para meados do próximo ano, sugiro que você consulte a tabela Fipe desta edição e saiba quanto vale seu usado e quanto custa o carro de seus sonhos. Pode ser que agora essa diferença seja bem menor do que você imaginava. Afinal de contas, as lojas e os vendedores precisam “fazer caixa” para honrar compromissos e, por isso, estão dispostos a vender seus estoques por quanto o mercado pagar. Talvez o carro de seus sonhos esteja muito mais próximo do que você imagina. As fábricas fazem feirões com grande freqüência, nas quais anunciam taxas baixíssimas de juros. Aproveite.

Na MOTOR SHOW continuaremos a dar dicas dos melhores negócios, das melhores compras e de como o consumidor deverá se comportar nessa nova realidade de mercado. Se tiver dinheiro para comprar a vista, agora é a hora de bons negócios.

Douglas Mendonça | DIRETOR TÉCNICO