O A1 é determinante para o objetivo da Audi de se tornar a marca de luxo número 1 do mundo. Seu fracasso pode atrasar em anos os planos da montadora. Tudo foi checado para evitar o fiasco que a empresa amargou com o A2 anos atrás. Para o vice-presidente mundial de vendas e marketing da Audi, Peter Schwarzenbauer, o A2 chegou cedo demais. “Nós lançamos o carro dez anos antes do que deveríamos. Naquela época, o mercado não pensava em automóveis de alumínio, econômicos e menos poluentes”, explica. “Ele era feio mesmo!”, dispara o todo poderoso presidente mundial da marca alemã, Rupert Stadler, e completa: “Aquele carro não tinha o nosso DNA”.

Nesse ponto, não tem como ficar de frente para o A1 e não ver ali um Audi. Com 3,95 m de comprimento, 1,74 m de largura e 1,42 m de altura, ele tem a frente (com a tradicional grade da marca e seus faróis típicos), a lateral (com elementos de design que transmitem esportividade já vistos no TT) e a traseira (com lanternas em LED) de um legítimo modelo dos anéis. O design chama a atenção, inclusive por conta das cores diferentes dos arcos que ligam as colunas A e C, mas faltaram itens de personalização externa como os do Mini Cooper e do Fiat 500. Por dentro é possível optar por saídas de ar coloridas, luzes com LEDs ou assentos com cores diferenciadas, por exemplo.

O carro foi desenhado para quatro ocupantes. Obviamente os dois da frente vão bem mais folgados, mas seria injusto dizer que o bancos traseiros são enfeites. Dá para levar outras duas pessoas desde que não sejam muito altas. O compartimento de bagagem é para 267 litros ou 920 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Os sistemas multimídia e de informação vêm do A8. A navegação Plus MMI, com display colorido de 6,5” chega ao Brasil já com mapa de navegação. O sistema de áudio é Bose com 14 alto-falantes. O computador de bordo com programa de eficiência está ligado ao sistema de informações e exibe dados de consumo de combustí vel e indica a maneira de condução mais eficiente, com trocas de marchas. Os bancos do condutor e passageiro têm ajuste de altura de série, e a versão Ambition conta ainda com bancos esportivos com apoio lombar.

O Audi A1 tem quatro opções de motores: dois a gasolina TFSI e dois a diesel TDI. Mas a versão que vem para o Brasil será apenas a 1.4 TFSI. Esse motor turbinado gera 122 cv e, unido à transmissão de sete velocidades, leva o carro aos 100 km/hora em 9,1 segundos, atingindo a máxima de 200 km/h. Segundo a marca alemã, o consumo médio de combustível do modelo equipado com câmbio S Tronic (automatizado de dupla embreagem) é de quase 20 km/l. Um dos grandes diferencias do A1 é o sistema de recuperação de energia da frenagem. Quando o carro acelera novamente, a energia retorna ao sistema elétrico. Outro recurso de economia do A1 é o start-stop, que desliga o motor quando o carro para e volta a religálo quando o motorista aperta o acelerador.

No interior (que pode ser personalizado), as linhas do painel remetem às asas de um avião e as saídas de ar lembram as turbinas. Airbags frontais, laterais e de cortina são de série. Por fora, o family feeling da marca com destaque para o arco em cor diferenciada

Serão dois níveis de acabamento: o Attraction, mais luxuoso; e o Ambition, mais esportivo. É possível comprar à parte o pacote Sport Line, com rodas de 17” ou 18”, suspensão e bancos esportivos e volante em couro. Outros opcionais são os faróis de xênon plus com luzes diurnas e lanternas com LEDs, regulagem da altura dos faróis com uso de câmera, sensor de chuva e luz, teto panorâmico, botão para ligar o carro com a chave no bolso, sistema de alarme, pacote de iluminação interior com LED, retrovisores aquecidos e rebatíveis, piloto automático, assentos dianteiros aquecidos, ar-condicionado automático, auxílio de estacionamento, entre outros.

O A1 será um dos destaques da Audi no Salão Internacional de São Paulo, em outubro próximo. A estratégia do presidente da Audi no Brasil, Paulo Sergio Kakinoff, é fazer a pré-venda no próprio Salão, criando assim um tipo de lista de espera pelo carro. Além do mais, no Salão a marca conhecerá a real expectativa do carro no mercado nacional. O A1 será, na verdade, um pequeno aperitivo do que vem pela frente, como o S1 e o A1 quatro portas (leia a seguir). Seu preço ainda não está definido, mas deverá custar por volta de R$ 90 mil. Mas, se o dólar continuar neste patamar, o A1 poderá chegar por menos. Se vai arrancar suspiros dos brasileiros? Que tal esperar até o Salão do Automóvel?

O motor é um 1.4 turbo de 122 cv. Com o acréscimo do supercharger, esse propulsor chega aos 160 cv de potência. Abaixo, a conexão para iPod e um dos 14 falantes do sistema de som da Bose. O GPs de painel terá mapa brasileiro

As novidades da Audi no mundo

Conseguir informações oficiais de montadoras sobre produtos que serão lançados é tarefa ingrata. Mas com uma conversa aqui, outra ali, e com um pouco de conhecimento da marca e da indústria automobilística, é possível antecipar algumas novidades que chegarão ao mercado nos próximos anos.

O A1 duas portas acaba de ser lançado, mas a Audi já prepara o lançamento do S1 e também do A1 quatro portas. Esse deve ser, aliás, o seu grande trunfo contra Mini e o Smart. Sem esquecer da versão elétrica, que também está sendo preparada para os próximos anos.

Depois do fracasso do A2, vem aí um novo A2. Dessa vez, com design moderno e também em versão eletrica. O A3, por sua vez, já está quase saindo do forno com novo design. Ja o Q3 (que vem para brigar com o X1 da BMW) será apresentado no Salão de Genebra, ano que vem.

No Salão de Paris, no final de setembro, teremos a apresentação do A7. Segundo a presidente mundial da marca alemã, “o carro mais bonito já feito pela Audi”.

Entre os esportivos, em absoluto segredo, a marca desenvolve um R4 ou R5. Tão esportivo quanto o R8, mas cerca de 40% mais barato.