13/10/2025 - 12:00
Bastava se deparar com o Shelby Cobra Daytona Coupé em seu modesto estande na Autoclásica para apostar: este será o Best of Show da 23ª edição do evento de veículos clássicos mais importante da América Latina, encerrado no último domingo (12).
Afinal, trata-se de um dos apenas seis exemplares construídos do esportivo e com um invejável currículo nas pistas, incluindo o título do mundial de fabricantes de 1965 sobre a Ferrari 250 GTO – atualmente um dos clássicos mais caros do mundo.
Ocorre que um Rolls-Royce Phantom III V12 1937 também levou o Best Of Show, título dedicado aos veículos mais raros, conservados e relevantes da história automotiva – e tradicionalmente dedicado a um carro e uma moto. É como se dois times ou jogadores levassem a medalha de ouro após o fim de uma partida.
Em suas respectivas classes, o Shelby Cobra Daytona Coupé levou na categoria Competição Internacional, enquanto o Rolls-Royce Phantom III na Pós-Guerra Europeu.
Como é a Autoclásica
Organizado pelo Club de Automóviles Clasicos, o evento impressionou não apenas pela quantidade total de veículos, mas também pela quantidade de raridades.
Como uma sequência estonteante de modelos pré-guerra: Auburn Boat Tail Speedster 1928, BMW 328 1938, Bentley 4 ¼ Litre Sedanca Coupe 1937, Renault NN 6CV Cabriolet 1926 e Packard 645 Dietrich Dual Cowl 1929 e Delage D8 1932, o Best Of Show da Edição 2019. Isso sem falar na Maserati 8CL 1940 vencedora do ano passado.
Modelos de corrida também não faltaram, como um Lancia S4 1985, um dos mais ferozes competidores do Grupo B do campeonato mundial de rali; o Renault R30 B pilotado pelos franceses Alain Prost e René Arnoux na temporada de 1983 e o McLaren MP4/3B de Ayton Senna em 1988.
Outra coisa que só se vê na Autoclásica é a Pur Sang, produtora de réplicas da Bugatti cuja principal demanda é pelo Type 35.
Entre as efemérides celebradas na nesta edição estão os 70 anos do Citroën DS, do Peugeot 403 e do Fiat 600.