18/08/2025 - 6:00
Nem sempre a versão mais barata, ou a mais cara, são as melhores compras de um carro. Às vezes, é preciso se equilibrar no meio das duas. Caso bom é esse do Honda City EX na carroceria sedan, que custa R$ 135 mil e pode ser colocado como dono da melhor relação custo X benefício na linha do modelo.
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O que oferece o City Sedan EX?
Ok, vá-la. Ela é cerca de R$ 27 mil mais cara que a versão de entrada, a LX, mas ainda está R$ 15 mil distante da Touring topo de linha. O que interessa é que ela ganha muito mais conteúdo se comparada com a LX, e não perde tanto frente a Touring. Traz rodas aro 16 diamantadas (iguais à da Touring), câmera traseira e sensores de ré, sensor crepuscular, painel com tela colorida multifuncional, ar digital automático com saídas traseiras, chave presencial, partida por botão, paddle-shifts, carregador de celular sem fio, freio de mão eletromecânico, Auto Hold, multimídia de 8”, rebatimento elétrico dos retrovisores e mais.
Mas, o grande diferencial desse City Sedan EX está mesmo no pacote de segurança: além dos seis airbags, aqui já é de série o kit ADAS, com vários assistentes de condução, incluindo piloto automático adaptativo (ACC) com função anda-e-para, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa ativo, assistente de permanência na faixa de rodagem e farol alto automático.
Hoje, é um dos carros mais baratos com um pacote tecnológico desse naipe, que consegue acelerar e frear sozinho (em emergências ou não), inclusive retomar a velocidade automaticamente após paradas, ou até mesmo contornar curvas leves sem a ação do motorista. Bacana! Além disso, visualmente a EX é praticamente idêntica a Touring, com as rodas diamantadas, lanternas em LED, faróis de neblina, ou maçanetas dianteiras com botões para destravamento sem chave.
City Sedan EX é mais simples
Ele perde um pouco no acabamento, mais simples, ou então no requinte interno, já que os bancos de tecido chamam menos a atenção do que os de couro sintético, só que ainda mantém um bom padrão para a categoria. Inclusive, ponto positivo para a qualidade de espuma e toque do tecido escolhidos: dentro do possível, agradam bastante.
Motorização e dirigibilidade conquistam
A fórmula básica do Honda City Sedan é a mesma para toda a linha. Faz parte dela o motor 1.5 16v de aspiração natural, mas com injeção direta, entregando seus 126 cv de potência com 15,5/15,8 mkgf de torque (gasolina/etanol). Bom de respostas em baixas rotações, e até divertido nas altas (especialmente acima dos 4.000 rpm), esse 1.5 se beneficia do baixo peso do carro (1.170 kg), e do CVT responsivo.
Com sete marchas bem simuladas, essa caixa automática conta com modo Sport próprio, e permite trocas manuais, pelos paddle-shifts atrás do volante. Apesar de suave e progressivo (e de “escorregar” um pouco nas saídas), é um dos CVTs mais bem acertados do mercado. Consegue, sim, fazer do City um carrinho bom de andar nos maiores giros do motor 1.5. E o bolso também agradece…

Consumo do City Sedan EX
Isso porque “economia de combustível” é o lema de vida desse conjunto. Apesar do minúsculo tanque de combustível, com 41 litros, suas excelentes médias de consumo acabam equilibrando as contas. Especialmente com gasolina, combustível que o 1.5 flex parece casar melhor.
Na cidade, pode passar dos 13,5 km/l, mesmo sem Start & Stop, enquanto na estrada, números de 18,0 km/l ou mais eram comuns no computador de bordo. Com etanol, considere cerca de 10,5 km/l no trecho urbano, ou aproximadamente 13,0 km/l no circuito rodoviário. Bebe um pouco mais…
Bom de guiar
Enquanto isso, não é porque falamos da segunda versão mais barata do City Sedan, que essa EX perdeu pontos na dirigibilidade, conforto ou espaço interno. Com posto de condução baixo, e precisão nos comandos (direção e freios), o pequeno modelo da Honda capricha nas curvas e frenagens mais fortes.
Isso sem perdas no nível de conforto, já que ele continua bom de absorver impactos do solo, mostrando um trabalho competente de molas, amortecedores e também pneus. Bacana que, mesmo próximo do solo e com suspensões de curso não tão longo, ele nunca chega a “bater seco” ou atingir o chamado “fim de curso”. Só que o parachoque dianteiro bicudo, esse sim, enrosca com facilidade em valetas e lombadas grandes.
Espaço interno e porta-malas
O que também conta vantagem no City, além da facilidade dos comandos, é o bom nível de espaço interno. Com entre-eixos generoso, o sedan da Honda permite a acomodação tranquila mesmo de adultos grandes no banco traseiro. Dois, no máximo, já que a largura da sua carroceria não faz milagres: ainda falamos de um carro pequeno.
Sobra também no porta-malas de 519 litros, e nas comodidades para quem viaja na segunda fileira: saídas de ar dedicadas, portas USB, luzes de leitura e apoio de braço central.
Também tem hatch…
Não gosta de sedan? Não tem problema. Por R$ 1.000 a menos, a Honda vende esse mesmo City EX, só que na carroceria hatch. Não é tão espaçoso, nem tem o maior porta-malas, só que agrada quem busca um carro mais jovial, menos “careta”. Pacote de equipamentos, motorização, desempenho e consumo são iguais.
