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Poucos carros reúnem ampla versatilidade e racionalidade quanto o Honda Fit. Essa fórmula inteligente, com dimensões compactas e interior espaçoso, rendeu a ele mais de 500.000 unidades vendidas em 14 anos de mercado brasileiro. Agora, sua terceira geração ganhou uma mexida pontual, com mudanças estéticas e uma alteração na parte mecânica, que melhorou sua dirigibilidade, condizente com a proposta. Essa injeção de ânimo trouxe ainda uma mexida nos preços – a versão de entrada ficou mais barata e as outras ficaram mais caras.

O Fit DX MT baixou de R$ 63.200 para R$ 58.700, o LX CVT foi de R$ 67.600 para R$ 70.100, o EX CVT passou de R$ 73.900 para R$ 75.600 e o topo de linha EXL subiu de R$ 78.900 para R$ 80.900. Uma novidade na gama é a configuração Personal CVT. Ela tem preço de R$ 68.700 e foi pensada para os clientes em busca de um carro de até R$ 70.000, além de se encaixar na faixa de isenção do público PCD (pessoas com deficiência). De série traz um bom pacote equipamentos.

O facelift do Honda Fit teve conexão com o modelo norte-americano. A dianteira exibe novo para-choque e o desenho da grade frontal foi inspirada nas do Civic e do Accord, com pintura black piano e emblema da Honda aumentado. Os novos faróis estão ligados visualmente por um contorno cromado. Eles são halógenos nas versões DX, LX e EX e de LED na EXL – uma exclusividade no segmento. As luzes de circulação diurnas (DRL) estão ao lado dos faróis de neblina na EX ou integradas ao conjunto óptico na EXL. Esse item do Fit 2018 ainda pode ser adquirido nas concessionárias como acessório nas versões DX e LX.

A traseira passa a ter lanternas de LED, com prolongamento sobre o vidro traseiro criando uma identidade. O para-choque ficou mais pronunciado – no modelo anterior, a tampa do porta-malas amassava facilmente ao tomar qualquer batida. O comprimento aumentou em 9,8 cm, graças aos para-choques mais pronunciados. As rodas de liga leve podem ser de 15” nas versões DX e LX ou de 16” na EX e na EXL. Os ares de frescor estão presentes também na cabine. Afinal, ele ganhou mais itens de conforto e de conveniência, como ar-condicionado full touchscreen (estreou no City), no Fit EX e EXL.

Essas duas configurações ainda passam a ter quadro de instrumentos com indicador de temperatura externa, apoio de braço central dotado de porta-objeto, comandos dos vidros elétricos, com função um toque para motorista e passageiro, câmera de ré e borboletas atrás do volante. A versão topo de linha EXL adiciona a mais rebatimento elétrico dos retrovisores externos, tweeters (falantes de agudos) e uma novíssima central multimídia. Segundo o fabricante, esse equipamento teve desenvolvimento local. Ele traz tela de 7” sensível ao toque, com duas entradas USB, navegador por GPS com mapas 3D, comandos de voz e conectividade Android Auto e Apple CarPlay. As respostas na tela são ágeis e a interface é amigável.

O interior modulável sempre foi um dos grandes artifícios do Honda. Esse sistema de rebatimento dos bancos está disponível a partir da versão LX e permite muita versatilidade. Os bancos podem ser ajustados de quatro modos, possibilitando acomodar objetos longos e altos, como uma bicicleta ou uma prancha de surfe. Além disso, o modo Refresh possibilita alinhar o encosto dos assentos dianteiros com o do banco traseiro, transformando-os em duas camas. O acabamento interno segue com bom nível, trazendo peças bem encaixadas e plásticos de boa qualidade. Outra novidade da linha 2018 é o sistema de limpadores de parabrisa com novos motores, braços e limpadores Flat Blade, que ajudam escoar melhor a água e transmittem baixo ruído de funcionamento.

O Fit 2018 também saiu ganhando em dirigibilidade. O motor 1.5 flex oferece 115/116 cv de potência (gasolina/etanol) e há opção de câmbio manual de cinco marchas (unicamente na DX) ou CVT capaz de simular sete marchas. Como dissemos, o desempenho está de acordo com a proposta do carro. Não espere um foguete. O aperfeiçoamento mecânico aparece no novo sistema de direção, com nova caixa, coluna e motor elétrico sem escovas – dessa forma, atribuindo um comportamento não tão anestesiado em relação ao modelo antigo, além de respostas mais dinâmicas. Já nos casos de perda do controle do veículo (saída de frente ou de traseira), ela induz o esterço para o lado certo, fazendo o condutor retomar sua trajetória. As suspensões não foram alteradas e continuam tendo uma calibração firme, o que faz do Fit um carro bom de curva.

Em segurança, todas as configurações recebem o VSA (Vehicle Stability Assist), com controles de tração e de estabilidade, ESS (Emergency Stop Signal: os piscam acendem intermitentes em frenagens bruscas), assistente de partida em rampas (HSA) e airbags laterais na EX. A versão EXL segue equipada com seis bolsas de ar (frontais, laterais e de cortina). Para quem gosta de personalização, a Honda comercializa produtos como pedaleiras e soleiras de portas, entre outros itens. Ao final, fica uma constatação sobre o Honda Fit 2018: ele mudou para melhor para deixar o seu público fiel feliz, mas sem esquecer da filosofia “máximo para o homem, mínimo para a máquina”.


Ficha técnica:

Honda Fit EXL

Preço básico: R$ 58.700
Carro avaliado: R$ 80.900
Motor: 4 cilindros em linha 1.5, 16V, comando variável
Cilindrada: 1497 cm3
Combustível: flex
Potência: 115 cv a 6.000 rpm (g) e 116 cv 6.000 rpm (e)
Torque: 15,2 kgfm a 4.800 rpm (g) e 15,3 kgfm a 4.800 rpm (e)
Câmbio: continuamente variável (CVT)
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,096 m (c),1,694 m (l), 1,535 m (a)
Entre-eixos: 2,530 m
Pneus: 185/55 R16
Porta-malas: 363 litros
Tanque: 45,7 litros
Peso: 1.104 kg
0-100 km/h: não divulgada
Velocidade máxima: não divulgada
Consumo cidade: 12,3 kml (g) e 8,3 km/l (e)
Consumo estrada: 14,1 km/l (g) e 9,9 km/l (e)
Emissão de CO2: 102 g/km
Nota do Inmetro: A
Classificação na categoria: A (compacto)