10/12/2022 - 8:50
A segunda geração da Fiat Strada chegou há pouco mais de dois anos e, ao longo de 2022, soma 103.225 unidades licenciadas, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Não à toa, pois a picape atende ao público com opções “de trabalho”, como a Endurance Plus, ou de lazer, a exemplo desta Volcano, mais luxuosa e requintada.
O câmbio CVT (continuamente variável) de sete marchas simuladas beneficiou o conforto e em trabalho conjunto ao propulsor 1.3 8V Firefly possibilita andar em grande parte do tempo na faixa entre 1.500 e 2.000 rpm. O resultado é uma condução suave, linear e livre dos trancos à época da caixa automatizada Dualogic de cinco velocidades.
O casamento mecânico proporciona 107 cv de potência e 134 Nm (13,7 kgfm) de torque bebericando etanol e atende aos protocolos de emissões do Proconve L7. A força disponível a partir dos baixos giros resulta em uma dirigibilidade condizente à proposta e, na estrada, é bom programar as ultrapassagens.
As trocas sequenciais ajudam nos momentos de retomar a velocidade, sendo feitas pelas borboletas atrás do volante ou na alavanca seletora de marchas. A função Sport entrega uma pitada extra ao deixar o pedal do acelerador mais reativo, a direção ligeiramente enrijecida, enquanto a caixa CVT – do Pulse e também encontrada na Strada Ranch – assume relações mais curtas.
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Durante a nossa convivência, o computador de bordo indicou médias urbanas de 8 km/l bebericando etanol (pouco trânsito) e a diferença na balança para a versão Volcano manual é de 41 kg.
A direção assistida eletricamente é leve ao esterço em baixas velocidades e transmite o peso correto ao trafegar mais apressadamente. E a experiência ao volante é evidenciada pelo conjunto de suspensões, que filtram/absorvem muito bem as irregularidades do asfalto, assim como coopera no controle da carroceria de quatro portas nas curvas feitas mais rapidamente.
Aliás, a rigidez torsional melhorou em 10% frente a antecessora, assim como vieram novas travessa dianteira, barra estabilizadora, molas e amortecedores – a arquitetura traseira traz o eixo rígido para aguentar o trabalho pesado. As rodas de liga leve de 16” vestem pneus de medidas 205/55 e as frenagens garantidas pelos discos frontais ventilados de 257 mm e os tambores traseiros de 229 mm.
Cabine de quatro portas
Feita na plataforma MPP, exclusiva do modelo, foram empregados 90% de aços de alta e de ultra-alta resistência atribuindo 4,480 m de comprimento, 1,732 m de largura e 1,576 m de altura. Para comparar, a antiga Strada cabine dupla com três portas tinha 4,438 m, 1,664 m e 1,580 m, na ordem.
O acesso ao interior é cooperado pelas portas dianteiras e traseiras, com ângulos de abertura de 70º e 80º, enquanto uma vez dentro saltam aos olhos o quadro de instrumentos do Mobi, de quem também vem o para-brisas e as folhas das portas frontais.
A coluna de direção é ajustável apenas em altura, contudo, os destaques vão para a densidade dos bancos revestidos em couro, o multimídia de 7” com Apple CarPlay/Android Auto sem fio e o carregador de smartphone por indução.
A linha 2023 trouxe o Fiat Flag na etiqueta dos bancos (desde a básica até a topo) e também o ar-condicionado digital automático. Entretanto, continua fazendo falta o controlador de velocidade (piloto automático) e o acendimento automático dos faróis.
Já quem viaja atrás encontra um espaço suficiente para as pernas/joelhos graças aos 2,737 m de entre-eixos e está disponível uma entrada USB.
A caçamba leva 844 litros e o utilitário tem capacidade de carga de 600 kg. A tampa é leve podendo ser aberta/fechada apenas com uma mão, pois houve uma redução de 60% no esforço. O compartimento possui quatro ganchos de amarração e iluminação. Já o rack de teto pode receber até 50 kg.
A “picapinha” até encara as estradas não pavimentados pelos ângulos de entrada de 23,3º, de saída de 28,5º e a altura em relação ao solo de 19,6 cm. Na hora do aperto, o sistema TC+ está associado aos controles eletrônicos de tração/estabilidade e transfere a força para a roda em maior contato com o solo contribuindo nos pisos com baixa aderência.
A Fiat Strada Volcano CVT pode ser uma opção para quem não pode (ou não quer) gastar com uma Toro Endurance T270 (iniciais R$ 148.266) ou deseja uma maior versatilidade que a oferecida pelo Jeep Renegade Sport T270 (a partir de os R$ 132.890).
FIAT NOVA STRADA VOLCANO 1.3 FLEX AUTOMÁTICA
Preço básico R$ 123.990 (R$ 128.061 para São Paulo)
Carro avaliado R$ 124.980 (R$ 129.084 para São Paulo)
Fiar Strada Volcano 1.3 Flex Automática
Motor: quatro cilindros em linha 1.3, 8V, comando variável com variação na admissão e no escape
Cilindrada: 1332 cm3
Combustível: flex
Potência: 98 cv a 6.000 rpm (g) e 107 cv a 6.250 rpm (e)
Torque: 129 Nm a 4.250 rpm (g) e 134 Nm a 4.000 rpm (e)
Câmbio: continuamente variável (CVT), sete marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo rígido (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,480 m (c), 1,732 m (l), 1,576 m (a)
Entre-eixos: 2,737 m
Pneus: 205/55 R16
Caçamba: 844 litros
Tanque: 55 litros
Peso: 1.215 kg
0-100 km/h: 12s9 (g) e 12 s (e)
Velocidade máxima: 161 km/h (g) e 165 km/h (e)
Consumo cidade: 12,4 km/l (g) e 8,8 km/l (e)
Consumo estrada: 13,9 km/l (g) e 9,9 km/l (e)
Emissão de CO2: 102 g/km
Com etanol = 0 g/km
Nota do Inmetro: B
Classificação na categoria: A (picape compacta)
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