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A vinda do motor 2.4 Tigershark Multiair Flex para a Fiat Toro (confira aqui) proporcionou mais fôlego à picape. Feito na fábrica de Saltillo, no México, onde também são produzidos os os propulsores V8 Hemi 5.7, Hellcat 6.2 e o 2.0 do Compass, esse motor global traz o bloco e o cabeçote construídos de alumínio. O atrito interno foi diminuído utilizando pistões com altura reduzida, revestimento especial e pinos flutuantes para reduzir o peso e a inércia. O virabrequim forjado possui oito contrapesos garantindo baixa vibração e maior resistência/durabilidade.

Em nome da eficiência energética, o 2.4 Tigershark — nome escolhido em homenagem ao Tubarão Tigre — traz o sistema Multiair2, possibilitando variar o tempo e abertura das válvulas de admissão melhorando a queima do combustível e diminuindo as emissões. Além disso, foram aplicadas bobinas de ignição, velas com eletrodos de platina e irídio, bomba de combustível e ventilador do radiador com gerenciamento eletrônico, alternador inteligente (recarrega a bateria nas desacelerações ou frenagens), correia Poli-V secundária com tensionador automático, balancins com tratamento especial nas áreas de contato e corrente metálica Silent Chain (dispensa manutenção e assegura baixo ruído de trabalho). Já o sistema de partida a frio dispensou o tanquinho de gasolina.

E como anda? 

São 174 cv/23,6 kgfm e 186 cv/24,9 kgfm (g/e). Ou seja, melhor que o 2.7 16V flex da Toyota Hilux (159 cv e 163 cv) ou o 2.5 flex da Ford Ranger (168 cv e 173 cv), por exemplo. Esse desempenho, associado ao peso menor da picape da Fiat comparada aos modelos médios, faz a Toro transmitir boas respostas desde cedo mostrando disposição em acelerar. Cerca de 91% do toque está disponível a baixas 2.000 rpm cooperando tanto na cidade, nas saídas de semáforos, quanto na estrada. A tecla Sport, quando acionada, muda a calibração do motor deixando o comportamento mais ágil. As trocas sequenciais de marchas podem ser feitas pelas borboletas atrás do volante ou na alavanca.

Não que o 1.8 16V também presente nas versões Freedom seja “fraco”, mas o 2.4 16V deu um tempero a mais. E isso é ajudado pelo câmbio automático de nove marchas. Segundo o fabricante, não haverá uma opção manual e essa caixa AT9 utiliza a mesma relação e diferencial da versão a diesel Volcano. O sistema start-stop funciona de forma suave ao desligar e religar o motor durante breves paradas. Aliás, de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), a Toro 2.4 16V tem nota C (geral) e A (categoria picape).

O 2.4 funciona de forma suave e, ao esticar as marchas, pouco ruído é passado para dentro da cabine. A dinâmica sempre foi um ponto alto e as suspensões ganharam mais atenção. A dianteira teve a carga revista, enquanto a traseira utiliza o conjunto das versões a diesel, de onde também vêm os freios. A tração é 4×2. E uma opção 4×4 está descartada. Em segurança, há de série controle de tração e estabilidade, sistema anticapotamento, assistente de partida em rampas e controle da pressão dos pneus.

Com esse novo motor, a Toro passa a oferecer uma nova escolha para os consumidores dentro da família composta pelas versões Freedom 1.8 Flex AT6 (R$ 82.930), Freedom 2.0 Diesel 4×2 (R$ 98.730), Freedom 2.4 Flex AT9 (R$ 98.730), Freedom 2.0 Diesel 4×4 (R$ 107.150) e Volcano 2.0 Diesel 4×4 AT9 (R$ 124.550).

FICHA TÉCNICA
FIAT TORO FREEDOM 2.4 FLEX AT9
Preço básico: R$ 82.930
Carro avaliado: R$ 98.730

Fiat Toro Freedom 2.4 Flex AT9
Motor: 4 cilindros em linha 2.4, 16V
Cilindrada: 2360 cm3
Combustível: flex
Potência: 174 cv a 6.250 rpm (g) e 186 cv a 6.250 rpm (e)
Torque: 23,5 Kgfm a 4.000 rpm (g) e 24,9 Kgfm a 4.000 rpm (e)
Câmbio: automático sequencial, nove marchas
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson independente (d) e multi-link (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)  
Tração: dianteira
Dimensões: 4,915 m (c), 1,844 m (l), 1,680 m (a)
Entre-eixos: 2.990 m
Pneus: 215/65 R16
Caçamba: 820 litros
Tanque: 60 litros
Peso: 1.704 kg
0-100 km/h: 10s5 (g) e 9s9 (e)
Velocidade máxima: 197 km/h (g) e 200 km/h (e)
Consumo cidade: 8,6 km/l (g) e 5,9 km/l
Consumo estrada: 10,8 km/l (g) e 7,4 km/l
Emissão de CO2: 143 g/km
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: A (Picape)